A gigante chinesa de tecnologia Alibaba, dona da AliExpress, anunciou no domingo (23), que decidiu não participar do processo de recompra de ações da sua afiliada, a Ant Group. No entanto, afirmou que manterá sua participação acionária na empresa, totalizando 33% dos ativos, conforme comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong.
O anúncio ocorreu logo após o Ant Group realizar uma assembleia de acionistas, na qual os investidores aprovaram, entre outras questões, uma “proposta de recompra de ações de todos os seus acionistas até 7,6% de sua participação acionária”, de acordo com a Alibaba.
Em seu comunicado, a empresa aconselhou os investidores a “exercerem cautela” ao gerenciar seus ativos relacionados ao grupo chinês.
No mês passado, a Alibaba anunciou que substituirá em setembro seu atual presidente e diretor executivo, Daniel Zhang, como parte de uma reestruturação em curso no grupo. Fundada pelo carismático empresário Jack Ma, a empresa pioneira em e-commerce na China desfrutou de grande sucesso por muitos anos em seu país. No entanto, nos últimos anos, a empresa enfrentou desafios significativos devido ao crescente controle do governo chinês sobre o setor de tecnologia.
Após passar por vários meses de turbulência, a Alibaba divulgou em março um plano de dividir-se em seis grupos empresariais, realizando uma das maiores reformas já vistas em uma empresa de tecnologia chinesa até o momento.
Dona da AliExpress é multada em quase US$ 1 bi pelo governo chinês
O Ant Group, dono da AliExpress, foi multado pelos principais reguladores financeiros da China em cerca de 7,1 bilhões de yuans, equivalente a quase US$ 1 bilhão, por quebrar regras relacionadas à proteção do consumidor e governança corporativa.
A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, o Banco Popular da China e a Administração Reguladora Financeira Nacional em comunicado conjunto, informaram que a fintech criada pelo pelo bilionário Jack Ma, responsável pela AliExpress, também quebrou regras relacionadas a “atividades comerciais em bancos e seguros, pagamentos, lavagem de dinheiro e vendas de fundos”.