A MRV (MRVE3) precificou nesta quinta-feira (13) sua oferta subsequente de ações (“follow-on”) em R$ 12,80, de acordo com informações obtidas pelo jornal “Valor Econômico”. Com isso, a oferta movimentou R$ 1 bilhão, valor que a companhia coloca em seu caixa. A demanda pelos papéis, segundo fontes, superou em cinco vezes o volume ofertado. Com isso, foi vendido o lote principal e o adicional (“hot issue”)
Segundo informou a companhia, os recursos provenientes da oferta serão utilizados para melhorar sua estrutura de capital. Segundo fontes próximas à empresa, investimentos para o Programa Minha Casa, Minha Vida, também serão contemplados com os recursos. Foram coordenadores da oferta BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander.
Nesta quinta, as ações da MRV no pregão do Ibovespa fecharam em queda de 1,22%, com cotação de R$ 13,00.
Movimento esperado
O movimento feito pela MRV nesta quinta já era esperado pelo mercado. No último dia 3, o “Brazil Journal” havia noticiado que a construtora iria lançar um follow-on (oferta subsequente de ações) que deveria girar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão. Ainda de acordo com o portal de economia, a oferta da construtora seria lançada na segunda quinzena de julho.
Na manhã daquele dia, o “Valor Econômico” já havia revelado que a MRV contratou o BTG Pactual (líder), Itaú BBA e o Bradesco BBI para fazer o follow-on.
A ideia da incorporadora é aproveitar o momento favorável para lançar sua oferta para captar dinheiro e fazer investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida, uma das bandeiras de campanha do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Recentemente, o Governo Federal animou as construtoras ao aumentar o teto de financiamento por imóvel de R$ 264 mil para R$ 350 mil na faixa 3 do MCMV. Além disso, o governo também tem estudado aumentar o teto de renda para ter acesso ao programa, para até R$ 12 mil.