O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice que mede a inflação brasileira, deflação de 0,08% em junho ante maio, informou o IBGE nesta terça-feira (11). O consenso Refinitiv estimava deflação de 0,10% no mês e variação de +3,17% na comparação anual.
Em 2023, a alta acumulada do IPCA está em 2,87%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,16%. Em junho de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,67%.
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, entende que a deflação pode dar mais tempo ao BC (Banco Central) para controlar a inflação. ” O resultado ajuda o BC ali poder ter um tempo maior para conseguir controlar a inflação”, contou. O economista admite que esperava “um IPCA um pouco mais baixo”.
De acordo com o IBGE, os grupos de Alimentação e Bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os que mais contribuíram para o resultado do mês, com impacto de -0,14 p.p. e -0,08 p.p. no índice geral, respectivamente.
Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).
No que se refere às altas, o grupo de Habitação teve o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) em junho. Os demais grupos ficaram entre 0,06% de Educação e 0,36% de Despesas Pessoais.
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“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explicou em nota André Almeida, analista da pesquisa.
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A estimativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), por sua vez, no Boletim Focus para este ano, caiu pela oitava semana consecutiva, de 4,98% para 4,95%. Vale lembrar que, na próxima terça-feira (11) será divulgado o IPCA de junho e a projeção é de uma deflação.
Por outro lado, a projeção para o crescimento do PIB de 2023 foi mantida em 2,19%, após oito semanas seguidas de melhora.
