Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto desabam nesta sexta-feira (30). Na última quinta-feira (29), por sua vez, os títulos subiram.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,17%, com investimento mínimo de R$ 31,37. O Tesouro Prefixado 2029, por sua vez, entregava retorno de 10,56%, ante 10,83% apresentado anteriormente.
O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou um desempenho negativo nesta sexta-feira. O título registrou retorno de 5,21%, ante 5,34% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045, por sua vez, também reportou um resultado negativo, gerando rentabilidade de 5,57%, ante 5,68% apresentado anteriormente.
Os títulos do Tesouro Direto são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. Os investidores estão repercutindo a alteração no regime de metas da inflação. Para este ano e o próximo, nada muda. Mas, a partir de 2025, a meta passará a ser contínua em 3%, não limitada ao ano-calendário.
No regime atual, a meta de inflação trabalha com um período fechado: de janeiro a dezembro de um determinado ano.
Logo, o objetivo é que a inflação medida em dezembro, acumulada desde janeiro, esteja dentro da meta.
Já no modelo contínuo é diferente. A inflação tem que estar na meta ao longo de um horizonte de tempo, independente de data fechada.
Além disso, os agentes financeiros ainda repercutem a taxa de desemprego, que recuou a 8,6% no trimestre encerrado em maio, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O chefe da unidade de inteligência militar da Ucrânia disse que entende que o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) foi “encarregado de assassinar” o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.