Por conta da estagnação do mercado, a Volkswagen parou completamente a produção das fábricas de Taubaté, no interior paulista, e de São José dos Pinhais, no Paraná, que já vinha desde o início do mês funcionando em apenas um turno. A medida dura ao longo desta semana – de segunda (26) a sexta-feira (30). A decisão aconteceu mesmo após os descontos patrocinados pelo governo para estimular o consumo de veículos.
Enquanto a unidade paranaense produz o utilitário esportivo T-Cross, a fábrica da Volks em Taubaté monta os modelos Polo Track, sucessor do Gol, e Novo Polo. Os dias parados nas duas unidades serão descontados do banco de horas dos funcionários.
A montadora também vai parar por dez dias no mês que vem a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde são produzidos os modelos Novo Virtus, Novo Polo e Nivus, além da picape Saveiro. Os operários dos dois turnos de produção vão entrar em férias coletivas a partir de 10 de julho.
Segundo a Volkswagen, todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado com o sindicato e trabalhadores.
Com informações do Broadcast/Estadão.
GM (GMCO34) propõe suspensão de contrato de 1.200 trabalhadores
Em junho, a General Motors (GMCO34) propôs suspender o contrato de 1.200 trabalhadores da planta de São José dos Campos por meio de um layoff. A informação foi passada pela diretoria da companhia ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, em reunião nesta quarta-feira (14).
Segundo a empresa, que alega queda nas vendas, a medida suspenderia a produção no segundo turno por até dez meses e começaria a partir do dia 3 de julho.
Ao jornal “O Globo”, a GM informou que está negociando com o Sindicato medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado.
“A GM informa que está negociando com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. Neste sentido, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 3 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses”, disse a empresa em nota.
O layoff prevê que os trabalhadores fiquem em casa, façam cursos de requalificação e recebam parte dos salários com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Para ser implementado, é necessária a aprovação dos trabalhadores em assembleia.
O Sindicato dos Metalúrgicos, que nesta reunião apenas ouviu a direção da empresa, propõe outras alternativas, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Uma nova negociação com o Sindicato está prevista para sexta-feira (16).
“A General Motors lucrou muito no último período e não tem por que suspender o contrato dos trabalhadores, que acabam sendo prejudicados”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.
“O Sindicato intensificará a campanha em defesa dos empregos na GM de São José dos Campos e, uma vez que a empresa fala em queda nas vendas, a entidade reivindica a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que todos os empregos sejam garantidos”, acrescentou Valmir.
A GM em São José dos Campos conta com 3.958 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.