A Americanas (AMER3) informou à Justiça, em petição datada na última quinta-feira (22), a renúncia do Deutsche Bank Trust Company Americas da posição de representante dos “bondholders” (detentores de títulos) do Grupo Americanas e a nomeação, em substituição, do Wilmington Savings Fund Society.
O documento protocolado pela Americanas não explicou as razões da renúncia. O Deutsche Bank Trust Company Americas era o agente fiduciário que representava o conjunto dos detentores de papéis.
A emissão de títulos que teve Deutsche Bank como agente fiduciário soma US$ 500 milhões em papéis com vencimento em 2030 garantidos pela Lojas Americanas.
Americanas (AMER3): CVM apura falha na divulgação de informações
A diretora financeira e de relações com investidores da Americanas (AMER3), Camille Loyo Faria, está sofrendo um processo administrativo sancionador da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A autarquia está apurando se houve uma falha na divulgação das propostas de capitalização apresentadas pelos acionistas de referência da Americanas, que se dispuseram a fazer aporte financeiro depois da descoberta de um rombo bilionário nas contas da varejista.
O processo foi aberto no fim de maio e na última sexta-feira (23) a gerência de controle de processos sancionadores da CVM iniciou a citação dos acusados.
Na última sexta-feira, as ações da Americanas não apresentaram alta ou queda, cotadas a R$ 1,17.
Americanas (AMER3): CPI deve ouvir Rial e pode convocar acionistas
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude fiscal bilionária das Americanas (AMER3) deve ouvir o ex-presidente da companhia Sergio Rial em agosto.
Segundo os integrantes da CPI, o depoimento de Rial deve ser um dos mais importantes da comissão. No início do mês, o ex-CEO se tornou réu em um processo administrativo no âmbito da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Ele é acusado de supostamente não ter informado devidamente os investidores sobre o que havia ocorrido na Americanas.
De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do BP Money, os próximos depoimentos devem acontecer apenas no início de julho. Além de Rial, a ideia dos parlamentares é ouvir pelo menos nove ex-diretores da companhia, que não tiveram os nomes divulgados até o momento.
A comissão também deve convocar representantes de auditorias como a PwC e a KPMG. As empresas não detectaram o rombo bilionário na Americanas.
O escritório de advocacia Daniel Gerber, representante dos acionistas minoritários da Americanas, vai retomar uma ação cautelar na Justiça contra as empresas de auditoria, além de integrantes da diretoria e do conselho de administração da varejista. A medida também pode alcançar os acionistas de referência da varejista, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, membros do 3G Capital.