O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (24) que a rebelião de membros do Grupo Wagner foi uma “facada nas costas” e prometeu punir quem trair as Forças Armadas do país.
O pronunciamento de Putin ocorreu horas depois de que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou que quer depor o comando militar da Rússia. Desde sexta-feira (23), os mercenários tomaram o controle da cidade Rostov-on-Don e ameaçaram avançar para Moscou.
Durante a declaração, o presidente russo disse que a resposta à rebelião será dura e que todos os que tomaram parte no motim serão punidos. Segundo Putin, todas as Forças Armadas da Rússia já receberam todas as ordens necessárias.
“É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras”, pontuou.
“Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, acrescentou Putin.
Chefe do grupo Wagner diz ter assumido controle de Rostov
O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse neste sábado (24) que os mercenários do grupo entraram na cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e assumiram o controle do Quartel-General Militar do Sul sem abrir fogo.
“Sem disparar um tiro, capturamos o prédio da sede. Não interferimos no trabalho de uma única pessoa”, escreveu Prigozhin em post do Telegram.
“Por que o país nos apoia? Porque nós fomos com uma marcha da justiça. Fomos atacados desde o início por artilharia e depois por helicópteros, e passamos sem um único tiro. Não tocamos em um único recruta. Não matamos uma única pessoa ao longo do caminho”, acrescentou o líder do grupo.
Apesar das declarações do mercenário do Grupo Wagner, a mídia estatal russa disse que vários tiros e uma explosão foram ouvidos fora da sede do Distrito Militar do Sul.