A 3M comunicou ao mercado, nesta sexta-feira (23), que fechou um acordo de US$ 10,3 bilhões com sistemas públicos de água dos Estados Unidos. O projeto visa resolver alegações de poluição da água ligadas a “produtos químicos eternos”.
Nesse sentido, a 3M informou que o montante será destinado, durante 13 anos, para cidades, vilas e outros sistemas públicos de água. Com o objetivo de testar e tratar a contaminação de substâncias per- e polifluoralquil, conhecidas como PFAS.
Ações judiciais
Vale ressaltar que a companhia enfrenta uma série de ações judiciais por contaminação de PFAS. Entretanto, a 3M não admitiu responsabilidade e informou que a quantia também ajudará a apoiar a remediação em sistemas públicos de água que detectam PFAS “em qualquer nível”.
“Alcançamos o maior acordo de indenização relacionado à água potável na história dos EUA, que será usado para ajudar a filtrar PFAS da água potável servida ao público”, afirmou Scott Summy, advogado principal dos sistemas de água que processaram a 3M, em comunicado.
“O resultado é que milhões de norte-americanos terão uma vida mais saudável sem PFAS em sua água potável”, completou.
A companhia estava programada para enfrentar um julgamento de teste no tribunal federal da Carolina do Sul no início deste mês em uma ação movida pela cidade de Stuart, na Flórida. No entanto, o juiz que supervisiona o caso atrasou o julgamento na manhã marcada para o seu início.
Desse modo, o advogado principal do processo alegou em seu processo de 2018 que a empresa fabricava e vendia espumas de combate a incêndio contendo PFAS, que poluíam o solo e as águas subterrâneas locais, e busca mais de US$ 100 milhões para filtragem e remediação.
Sendo assim, este é um dos mais de 4 mil processos movidos contra a 3M e outras empresas químicas.