Airbus fecha a maior venda de aviões comerciais da história

Companhia indiana vai comprar 500 A320neo, consolidando país como potência emergente no setor

A Airbus anunciou nesta segunda-feira (19), a maior venda do setor em número de aeronaves da história. A IndiGo, companhia de baixo custo indiana, comprará 500 modelos A320neo, consolidando a posição do país asiático como grande potência emergente na aviação comercial. 

Anteriormente, no início do ano, a Air India havia feito a maior compra até então do mercado, com 470 aparelhos divididos entre Airbus e sua arquirrival americana Boeing.

Acordo da Airbus

Desse modo, o acordo da Air India era maior em termos de valores envolvidos, integrando diversos modelos de aviões para voos mais longos, maiores e mais caros, como o Airbus-A350, o Boeing-787 e o Boeing-777X.

Sendo assim, as estimativas de mercado são de que aquele negócio rendeu US$ 70 bilhões para os fabricantes, enquanto o anunciado hoje pode ficar acima de US$ 50 bilhões, com a diferença de que agora só os europeus faturaram. 

O preço das ações da Airbus teve um salto no início do pregão europeu, mas acabou o dia em leve alta, de 0,44%.

Em suma, a IndiGo é uma empresa privada, criada em 2006, e em maio dominou 61,4% das rotas domésticas indianas, registrando 1.600 voos diários. Em seguida, é a Air India, com distantes 9,4% do mercado, mas que anseia mudar isso.

No ano passado, a privatização da companhia foi concluída e o Tata passou a controlar a companhia, fundador da Air India. De acordo com analistas de mercado, a demanda pós-Covid é de cerca de 2.000 aviões no curto prazo. 

Negócios da AirBus

No evento Paris Air Show, a Airbus expôs a nova versão do A321, que tem capacidade para voos intercontinentais mantendo a configuração de um avião com um só corredor, e barateando sua operação.

Além disso, a AirBus deve anunciar negócios com a Saudi, empresa da Arábia Saudita, e com a australiana Qantas, que quer modelos A220 para seu mercado regional. O avião, desenvolvido pela antiga canadense Bombardier antes de ser comprada pelos europeus, é rival direto das aeronaves regionais da brasileira Embraer, a terceira maior fabricante do mundo.