O grupo de supermercados Casino, detentor do Assaí (ASAI3) e do Pão de Açucar (PCAR3) no Brasil, recebeu uma proposta de 1,1 bilhão de euros (US$ 1,19 bilhão) do empresário francês de telecomunicações Xavier Niel e mais dois sócios, nesta quarta-feira (14).
O trio busca aumentar o patrimônio do grupo em até 1,1 bilhão de euros, incluindo até 300 milhões de euros investidos diretamente. O restante dos recursos seria subscrito por novos sócios e atuais credores que desejassem reinvestir na empresa. As informações são do Bloomberg Línea.
“Esta proposta seria acompanhada, na medida do necessário, por uma adequação da dívida existente do Casino às suas capacidades e pela preservação do seu potencial de crescimento”, diz um trecho da carta enviada a companhia.
Niel, o empresário do varejo Moez-Alexandre Zouari e o banqueiro Matthieu Pigasse disseram na semana passada que estavam trabalhando em um plano de resgate para o Casino após o fim das negociações exclusivas entre a varejista e a rival Teract, que tem os três investidores e a empresa agrícola francesa InVivo entre seus acionistas.
O empresário tcheco Daniel Kretinsky também se ofereceu para injetar novo capital no Casino e assumir o controle acionário.
Assaí: Casino levanta R$ 4,1 bi em venda de fatia da rede
Em março, o Casino levantou R$ 4,1 bilhões com nova venda de participação na empresa brasileira de atacarejo Assaí. As informações extra-oficiais foram publicadas pelo Bloomberg.
Segundo as fontes ouvidas pela publicação, o grupo francês – detentor do Assaí – vendeu 174 milhões de ações da atacadista a R$ 16,00 cada, um desconto de 1,5% em relação ao preço de fechamento de quinta-feira (16).
O lote adicional de 80 milhões de ações foi vendido integralmente, fazendo com que a fatia do Casino no Assaí caísse de 30,5% para 11,7%. Assaí e Casino não responderam à reportagem.
O BTG Pactual liderou a operação, que também contou com a coordenação de Bradesco BBI, Itaú BBA e JPMorgan. Goldman Sachs, UBS BB, Citi, Credit Suisse, Safra e Santander Brasil atuaram como joint bookrunners.