O ex-presidente-executivo e CEO do SoftBank Group International, Marcelo Claure, anunciou ao mercado a criação de um fundo focado na América Latina, com investimento inicial de cerca de US$ 440 milhões.
Nesse sentido, o Bicycle I, da nova gestora de capital para startups em estágio maduro de crescimento Bicycle Capital explicou que a ideia do projeto é criar parcerias com empreendedores e alcançar a meta dos US$ 500 milhões.
Vale destacar que a América Latina representa uma aposta significativa da Bicycle Capital, sobretudo no Brasil e México. Em que a gestora vê como países com populações grandes e jovens. A gestora também destacou a expectativa de que ambos estejam entre as seis maiores economias do mundo até 2050.
Sendo assim, a região já detém empresas dentro do ambiente de tecnologia que levam modelos de negócios disruptivos, informou Claure à Reuters, e “ainda há muito a ser ‘disrupted’ (transformado)”.
Em resumo, Claure realizou um investimento de US$ 100 milhões na Shein, varejista online chinesa, e assumiu a presidência da empresa na América Latina. O novo fundo é ancorado pelo Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi, e pelo Claure Group, o family office de Claure. Investimentos adicionais para essa primeira etapa são provenientes de investidores e empresários globais de tecnologia, afirmou.
O fundo é liderado por Marcelo Claure como presidente-executivo e sócio-gestor, juntamente com Shu Nyatta, ex-SoftBank Group International, como sócio-gestor.
Softbank prepara demissão em massa
De acordo com a agência de notícias Reuters, o SoftBank deverá promover uma nova rodada de demissões em seu braço de investimento Vision Fund nas próximas duas semanas.
Os cortes poderão impactar até 30% do quadro de funcionários da unidade – em março, era composto por 349 pessoas.
Investidor agressivo em empresas de tecnologia, como a ByteDance, proprietária do TikTok, o banco viu a valorização de seu portfólio cair em meio ao aumento nas taxas de juros e às crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China.
O resultado disso foi um prejuízo líquido de US$ 7,2 bilhões (aproximadamente R$ 35 bilhões) no ano fiscal encerrado em 31 de março. No caso do portfólio do Vision Fund 2, ele valia US$ 31 bilhões (R$ 150 bilhões) no final de março, em comparação com um custo de aquisição de US$ 49,9 bilhões (R$ 242 bilhões).