O conselho de administração do Carrefour Brasil (CRFB3) aprovou o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) no valor bruto de R$ 179 milhões, relativos ao exercício fiscal de 2023, equivalente a R$ 0,084924093 por ação. O pagamento será efetuado até 31 de dezembro de 2023.
Acionistas na base da companhia até 15 de junho de 2023 receberão os proventos. Assim, em 16 de abril, os papéis irão passar a ser negociados como “ex-JCP”.
Os dividendos do Carrefour estarão sujeitos à dedução de Imposto de Renda na Fonte de 15%, exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados de tributação.
Nesta terça-feira (13), por volta das 14:15 (de Brasília), as ações do Carrefour recuavam 0,34%, cotadas a R$ 11,57.
Carrefour (CRFB3): Citi recomenda compra
Em maio, as ações do Carrefour Brasil (CRFB3) receberam recomendação de compra do banco Citi. Além disso, a instituição financeira estipulou um preço-alvo de R$ 15,00. A avaliação da casa surgiu após os papéis da varejista acumularem uma queda de 32% no ano.
A recomendação também ocorreu uma semana após o Carrefour ter informado que deu início a negociações com a Barzel para vender cinco centros de distribuição e cinco lojas, por um valor total de R$ 1,3 bilhão, em uma operação de sale and leaseback, por meio da qual a empresa seguiria usando os imóveis como inquilina do novo dono.
“Ainda que o montante represente um pequena parte do valor de mercado do Carrefour, de cerca de 5%, acreditamos que esse movimento joga luz sobre a gestão de ativos imobiliários, e é uma interessante fonte de upside”, afirmaram os analistas do Citi.
Segundo o banco norte-americano, a avaliação levou em conta os resultados divulgados pelo Carrefour para o primeiro trimestre deste ano. Embora a varejista tenha registrado um prejuízo milionário, o Citi escreveu que a companhia continua sendo uma boa geradora de caixa, com 70% do Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) vindo de operações do atacarejo.
Apesar de recomendar a compra dos ativos do Carrefour, os analistas do Citi reconheceram que a companhia segue com desafios de curto prazo, como a integração do BIG, o processo de desinflação de alimentos e maior competição com outros players do atacarejo, em especial o Assaí (ASAI3).