A Hurb, antigo Hotel Urbano, havia anunciado a demissão de 40% do quadro de funcionários, ou seja, 400 funcionários. No entanto, na última semana, a companhia não realizou pagamento do salário e da rescisão dos profissionais desligados.
Nesse sentido, a Hurb que havia se comprometido em quitar as quantias até terça-feira (6) postergou para sexta-feira (9), entretanto, não foi efetuado até o momento, de acordo com relatos de cinco ex-funcionários ao Estadão.
Desse modo, em um e-mail enviado aos colaboradores demitidos na manhã deste sábado (10), ao qual o Estadão teve acesso, o Hurb afirma que “não foi possível efetuar o pagamento”. A empresa não esclarece o motivo para o atraso.
Além disso, o comunicado no e-mail não esclareceu qual será o novo prazo para o depósito e afirma que, na próxima semana, “espera ter uma estimativa mais precisa da data de pagamento”. Além disso, a companhia diz que planeja incluir o valor da multa de atraso no pagamento.
Hurb: atrasos e turbulências
Na última terça-feira (6), a Hurb enviou comunicou à equipe internamente que, “devido ao cenário atual”, os pagamentos ocorreriam na sexta-feira (9), contudo, isso não aconteceu.
Um profissional, que pediu para não ser identificado, relatou ao Estadão que os empregados estão organizando uma ação judicial coletiva contra a companhia. Pelo menos 180 das cerca das 400 pessoas demitidas criaram um grupo virtual para discutir as medidas legais que serão tomadas.
“Muita gente postou print das contas zeradas, postou sobre pagamento de aluguel, geladeira vazia. Muita gente postou ‘eu tenho criança pequena para alimentar, estou sem grana para ir ao supermercado'”, contou o ex-colaborador sobre as reações de colegas que aguardam o pagamento, ao saberem que o prazo seria adiado novamente.
Outra funcionária que também pediu anonimato disse que a empresa não responde a e-mails relacionados ao pagamento. Ela também cogita entrar com uma ação judicial contra o Hurb.
“É um absurdo. A gente sabe dos problemas da empresa, mas eles deveriam saber disso antes de fazer esse layoff. (…) Não é o que eu queria. Foi uma empresa que eu gostei muito de trabalhar. Mas tenho contas que preciso pagar”, desabafa.