A Light (LIGT3) busca melhorar seu caixa e reduzir o impacto dos “gatos” para poder executar o plano de recuperação judicial. Para isso, a elétrica quer convencer a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a permitir que a elétrica aumente de 5% a 10% a conta de luz dos consumidores, de acordo com pessoas informadas sobre as tratativas. A distribuidora de energia do Rio atribui a esses mecanismos para furto de energia boa parte de suas dificuldades financeiras.
A Agência avalia pleito da Light como difícil de ser autorizado devido ao equilíbrio financeiro da concessão. O julgamento será realizado pela diretoria colegiada, considerando as perdas da empresa com furtos.
Em março, o reajuste da Light foi de 7,4%. Aneel estuda novos critérios de compensação por furtos, mas enfrenta dificuldades de execução devido à revisão completa da metodologia. O equilíbrio financeiro da concessão diagnosticado pela agência é saudável, com fluxo de caixa adequado para obrigações, investimentos e lucro da empresa.
A Aneel enfatiza que a recuperação judicial é uma questão que diz respeito principalmente à relação entre credores e a empresa em dificuldades financeiras. Para o setor elétrico, a prioridade é assegurar a continuidade dos pagamentos das obrigações setoriais, como a aquisição de energia das geradoras pela distribuidora.
Caso seja identificado um cenário de risco iminente que comprometa a preservação e continuidade dos serviços, a agência está preparada para tomar medidas mais robustas, incluindo a possibilidade de intervenção.
Light: Equatorial (EQTL3)avalia compra de ações da elétrica
A Equatorial (EQTL3) confirmou que está avaliando os ativos do grupo Light (LIGT3), aponta documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (2). A elétrica afirma que o movimento faz é um processo natural na captação de oportunidades.
“Não houve e não há nenhuma negociação em curso, entendemos que não se faz necessária qualquer divulgação de informações ao mercado”, completa a Light.
Segundo o Estadão noticiou esta semana, a empresa contratou o Rothschild & Co para realizar um estudo dos ativos da Light.