Tenda (TEND3): Credit Suisse recomenda compra

O Credit Suisse estipulou um preço-alvo de R$ 11,00 para as ações da Tenda 

As ações da Tenda (TEND3) receberam recomendação de compra do Credit Suisse. A instituição financeira suíça ainda estipulou um preço-alvo de R$ 11,00. 

Em relatório, os analistas do Credit Suisse escreveram que a maior parte dos gargalos de execução já foram resolvidos e a Tenda está bem posicionada para retomar a lucratividade.

Conforme estimativas do banco suíço, as margens da construtora devem convergir para o nível de 30% registrado no passado ao longo deste e dos próximos anos.

O time de análise do banco ainda pontuou que o consenso da “Bloomberg” não está tão otimista com o processo de recuperação da empresa, prevendo um lucro líquido de R$ 54 milhões para 2024 contra R$ 103 milhões estimados pelo Credit Suisse.

“Com as margens brutas de novas vendas chegando a 31%, agora estima-se que a margem bruta convergirá para 27% neste ano e será mantida nesse nível. Além do mais, vale destacar que foi usado um custo de capital de 18% para a companhia, cerca de 200 pontos-base acima dos pares, para considerar os riscos do processo de turnaround”, afirmaram.

“Tendo em vista que as ações das construtoras têm uma correlação de cerca de 90% com os juros de longo prazo, e que nossa equipe macroeconômica ficou mais otimista com as perspectivas para o ano, podemos potencialmente ver uma revisão para baixo no custo de capital também sendo um catalisador para o papel este ano”, acrescentou o banco.

O Credit Suisse também ressalta que o processo de recuperação da Tenda deve ser bem-sucedido e vê um grande potencial de revisões de ganhos com a materialização de ventos favoráveis ??para o segmento de baixa renda.

Tenda (TEND3) registra R$ 600 milhões de venda líquida no 1T23

A Tenda (TEND3) registrou vendas líquidas no valor de R$ 600 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, com VSO (velocidade de vendas) líquida de 24,8%.

A companhia também registrou R$ 720,9 milhões em vendas brutas nos primeiros três meses de 2023, leve queda de 0,6% ante o mesmo período de 2022. O preço médio por unidade da Tenda, por sua vez, subiu 20%, para R$ 194,7 milhões.

Na Alea, a Tenda relatou vendas líquidas no valor de R$ 10,7 milhões, com VSO Líquida de 13,3%, redução de 32,5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao primeiro trimestre de 2022. 

A relação dos distratos sobre as vendas brutas da Tenda ficou em 16,7% ao final de março, recuo de 3,6 pontos percentuais contra o ano anterior. O banco de terrenos da Tenda somava R$ 15,1 bilhões em VGV (valor geral de vendas), crescimento de 17,1% ante um ano atrás.

A Tenda lançou sete empreendimentos no primeiro trimestre deste ano, totalizando um VGV de R$ 447,6 milhões. “A redução de 4,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior é justificada pela redução no número de unidades, compensada parcialmente pela estratégia de precificação mais alta”, explicou a companhia.