As ações da Braskem (BRKM5) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo banco UBS BB. Apesar disso, a instituição financeira manteve o preço-alvo da petroquímica em R$ 26,00.
Os analistas do banco suíço apontam que, após o desempenho dos últimos pregões, os ativos da Braskem estão sendo negociados a um múltiplo de cerca de 5,5 vezes o valor da firma sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), “em linha com a média histórica, o que implica um potencial de alta limitado, se considerados apenas os fundamentos”.
Além disso, ao citarem sobre as notícias sobre a venda da companhia, os analistas do UBS BB escreveram que, embora a Novonor tenha confirmado recentemente que recebeu uma oferta não vinculante pela Braskem de R$ 47 por ação, as notícias relataram que ela já foi rejeitada, visto que o Valor Presente Líquido (VPL) real estaria mais próximo de R$ 27-30 na operação.
“Sinalizamos outras ofertas possíveis, com um VPL mais alto, como um risco positivo. Por outro lado, de acordo com as notícias, a Petrobras (PETR3;PETR4), em vez de ser um potencial vendedor, está avaliando se tornar um potencial comprador, o que levanta incertezas sobre os direitos dos acionistas minoritários”, afirmou o UBS BB.
“Dadas as declarações do presidente Lula demonstrando interesse em aumentar o controle da Petrobras sobre setores/empresas, achamos que outras ofertas podem pelo menos ser discutidas”, acrescentou o banco suiço.
Nesta quinta-feira (18), por volta das 16:35 (de Brasília), as ações da Braskem recuavam 0,39%, cotadas a R$ 23,28.
Petrobras (PETR4) avalia compra do controle da Braskem (BRKM5)
O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean-Paul Prates, afirmou em conversa particular, que a estatal avalia compra do controle da Braskem (BRKM5), de acordo com a “Folha de S. Paulo”. Isso acontece após a recente oferta feita pela estatal árabe Adnoc e o fundo americano Apollo.
Nesse sentido, o controle da Braskem, atualmente, pertence à Novonor (ex-Odebrecht), sendo assim, se a empresa aceitar a venda da sua participação, a Petrobras terá preferência. Ambos refutaram a oferta dos árabes que, na prática, pagariam, no máximo, R$ 30 por ação, valor considerado baixo.
Dessa forma, para a petroleira, é necessário buscar uma saída para seu endividamento da Braskem. Dado que as ações estão desvalorizando diante do nível de endividamento.
De acordo com relatos, a Petrobras teria caixa suficiente para suportar uma operação desse porte. Sendo que o governo gostaria de resolver essa situação rapidamente e por um preço baixo. Por outro lado, a Odebrecht não tem pressa, isso porque não pretende vender seus papéis pelo maior preço possível.