Ânima (ANIM3) retoma conversas para buscar investidor, diz jornal

A Ânima planeja atrair fundos para o seu negócio, mas o modelo da transação ainda não está fechado

A  Ânima Educação (ANIM3) está em conversas com bancos para buscar um sócio para o seu negócio, segundo informações do jornal “Valor Econômico”. De acordo com a publicação, a empresa planeja atrair fundos para o seu negócio, mas o modelo da transação ainda não está fechado. O mandato para buscar esse investidor ainda não está fechado — a companhia tem engatado com conversas nas últimas semanas na Faria Lima. 

Em 2022, a Ânima chegou a ser alvo de seus concorrentes, mas as conversas não avançaram. Fontes afirmaram que o grupo Cruzeiro do Sul (CSED3) se aproximou da  nima. No entanto, como a companhia quer focar em cursos de medicina, que têm um tíquete maior, não interessaria uma união com a Cruzeiro do Sul, segundo fontes a par do assunto.

Uma das fontes disse que há três alternativas que podem ser exploradas e que devem ser aceitas pela companhia, que precisa reduzir sua alavancagem. A primeira seria a venda de alguma de suas marcas — a empresa possui quase 30, dentre elas a Anhembi Morumbi e São Judas; a segunda a venda de uma nova fatia da Inspirali, que já recebe um aporte da DNA Capital — R$ 1 bilhão por 25% da empresa, em negócio firmado em 2021. Outra possibilidade na mesa seria separar uma nova área para um desmembramento (“carve-out”, pelo jargão financeiro), assim como fez na Inspira, e buscar um sócio.

Ânima reporta prejuízo de R$ 41,3 milhões no 1T23

A  Ânima publicou, na segunda-feira (15), o seu desempenho no primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 41,3 milhões no 1T23 equanto no mesmo perído do ano passado foi de R$ 83,4 milhões. Assim, a   nima reduziu o prejuízo em 50,4%.

O lucro líquido ajustado da companhia foi de R$ 14,7 milhões no período, queda anual de 71,2%. As informações são da ADVFN.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) da  nima foi de R$ 297,7 milhões, uma queda de 10,6% em bases anuais. A receita líquida da companhia, por sua vez, cresceu 5,8% na mesma base de comparação, para R$ 954,4 milhões.

No primeiro trimestre deste ano, a  Ânima obteve geração de caixa operacional de R$ 388,7 milhões, alta de 14,6%. A geração de caixa livre da companhia foi de R$ 264,8 milhões, com avanço de 7% em bases anuais.

A base total de alunos da Ânima no período foi de 402.615, 1,7% mais do que um ano antes. A captação na graduação cresceu 13%, para 105.284 alunos.

“O desempenho reflete uma melhora da integração em relação ao ano passado e os esforços de maiores investimentos em marketing e financiamentos para combater os desafios do ambiente macro”, informou a empresa.

O tíquete líquido por mês cresceu 4,5%, para R$ 801. “O ticket médio subiu em todos os segmentos, com destaque para o desempenho acima da inflação do ensino digital e Inspirali”, diz o texto que acompanha os resultados.