O ex-ministro da Economia Paulo Guedes deve voltar ao mercado financeiro, área onde começou a atuar profissionalmente, e se tornar sócio da Legend, gestora de recursos dos sócios fundadores Pedro Salles, ex-XP e Itaú, atualmente CEO da gestora, e Tulio Lopes, também ex-Itaú e que ocupa o cargo de diretor financeiro. As informações são do jornal “O Globo”.
A Legend tem sob seu guarda-chuva a Legend Investimentos, que é associada ao banco BTG como assessoria de investimento. Também tem a Legend Capital, de serviços financeiros, e a Legend Wealth Management, de administração de patrimônio. Juntas, as três áreas de atuação da gestora têm R$ 10,6 bilhões sob gestão, recursos aplicados desde a sua fundação, em 2020.
De acordo com a publicação, Guedes deverá atuar em todas as áreas. Se o martelo for batido, ficará no escritório da empresa no Rio de Janeiro. Deve começar a atuar em breve, assim que terminar seu período de quarentena por ter ocupado cargo público.
A expectativa é que o ex-ministro possa atrair ainda mais investidores para aplicar em fundos de investimento, ações, renda fixa, fundos imobiliários, além de gestão de patrimônio, planejamento patrimonial, entre outras áreas de atuação da Legend.
Especulações com o ex-ministro
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) já foi especulado em algumas funções depois que deixou o comando da pasta da Economia. No final do ano passado, o coordenador da transição do governo eleito de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Afif Domingos (PSD) disse que o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, não assumiria a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, mas que atuaria como conselheiro à distância.
No mês passado, o mesmo “O Globo” publicou que Paulo Guedes, seria sócio de Gustavo Montezano na gestora focada em sustentabilidade, transição energética e Amazônia que o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) está montando. Roberto Azevêdo, ex-presidente da OMC (Organização Mundial do Comércio), também está no projeto.
Ainda de acordo com a publicação, este não seria o único negócio em que o ex-ministro de se envolverá no segundo semestre, quando sua quarentena terminar.