Light (LIGT3): ministro é contra renovar concessão da empresa

“Não podemos permitir que empresas que não têm eficiência de gestão continuem participando de processos de renovação", disse Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que distribuidoras de energia sem “eficiência de gestão” não deveriam participar do processo de renovação de concessões. Em sua fala, ele mencionou a Light (LIGT3), que presta serviços no Rio de Janeiro.

“Não podemos permitir que empresas que não têm eficiência de gestão continuem participando de processos de renovação ou que busquem exclusivamente as soluções desses processos nos corredores da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] e do ministério de Minas e Energia, e a Light é um exemplo disso”, disse em entrevista à CNN nesta segunda-feira (8).

“A Light não vem apresentando ao Ministério respostas à altura, com relação a sua eficiência administrativas”, completou. A empresa vem travando disputas judiciais nos últimos meses para suspender o pagamento de partes de suas obrigações financeiras.

O governo deve divulgar em breve o modelo para renovação das concessões de distribuidoras de energia elétrica. Pelo menos duas dezenas de contratos no setor vencem até 2030. Juntas, elas têm faturamento anual de quase R$ 100 bilhões e representam 62% do mercado nacional.

“Eu acredito em um modelo que não tenha onerosidade — ou seja, em que não seja cobrado um ônus de outorga para essas renovações —, mas que seja cobrada a ampliação do volume de investimentos e da qualidade do serviço prestado aos brasileiros e brasileiras”, disse o ministro.

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem cobrado uma definição sobre o futuro dessas concessões, que abrangem 57 milhões de unidades consumidoras no país.
 

 

Light: após comprar ações, Tanure define “próximo passo”

O empresário e investidor brasileiro, Nelson Tanure, está comprando ações da Light, que enfrenta dificuldades. Segundo o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal “O Globo”, já houve conversas entre Tanure e os credores da empresa.

Tanure é conhecido por investir em companhias que enfrentam dificuldades. Por meio de sua investidora Société Mondiale, Tanure tem participação na Oi (OIBR3) e, desde abril de 2019, passou a integrar o conselho administrativo da Gafisa (GFSA3).

Após adquirir parte da companhia, Tanure decidiu os próximos passos a serem dados na companhia que enfrenta dificuldades financeiras. O empresário quer convocar uma assembleia para aumento de capital, troca de conselheiros e destituição da diretoria.

Além disso, o acionista pretende pedir esclarecimentos sobre o mandato da consultoria Laplace, empresa contratada para reestruturar a dívida de quase R$ 8 bilhões da Light. Tanure almeja conseguir o apoio dos credores para realizar o planejamento e logo vai ser reunir com os representantes.