A CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) promove audiência pública interativa na segunda-feira (8), às 18h30, para debater alterações acionárias e venda de ações da Braskem (BRKM5). A audiência foi requerida pelo presidente da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
No pedido (REQ 17/2023 – CRE), Renan afirma que a Braskem é “causadora da maior tragédia socioeconômica-ambiental urbana do mundo, em março de 2018, na cidade de Maceió, Alagoas, motivada pela exploração de sal-gema, com reflexos negativos para a imagem internacional do Brasil”.
Ainda de acordo com o senador, a capital Maceió foi atingida por um processo de afundamento de cinco bairros residenciais, causado pelo “processo histórico de extração de sal-gema pela Braskem para produção de PVC e soda cáustica”.
O afundamento, segundo Renan, impactou 200 mil pessoas e obrigou 17 mil a abandonar suas residências.
Braskem (BRKM5): Novonor nega proposta recebida por estatal árabe
Antiga Odebrecht, a Novonor negou ter recebido proposta da Adnoc, estatal de petróleo árabe Abu Dhabi National, para a compra do controle da Braskem (BRKM5), segundo fato relevante enviado ao mercado na tarde de sexta-feira (5).
“Em resposta a vossa solicitação, a Novonor informa que, desde nossas últimas manifestações e até o presente momento, não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos cinco bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na Braskem”, diz no documento.
Após a notícia de que os árabes, em parceria com a gestora Apollo, realizaram uma proposta de R$ 37,5 bilhões para comprar a participação da companhia, os papéis da Braskem chegaram a disparar mais de 40%. No final da sessão, acabou fechando com alta de 25,39%, cotado a R$ 24,10.
De acordo com TradeMap, a Braskem chegou a ganhar mais de R$ 5 bilhões em valor de mercado, valor equivalente à Minerva (BEEF3).