A Tok&Stok pode estar próxima de um acordo que pode ajudá-la no encerramento da sua crise financeira, segundo informações do “Valor”. A varejista deve estender a sua dívida com credores nas próximas semanas e receber uma injeção de capital de R$ 100 milhões do fundo de private equity Carlyle.
O fundo, absorvido pela gestora SPX, detém atualmente 60% da Tok&Stok, posição que pode aumentar se a nova capitalização diluir os outros acionistas. Entre eles, está a família Dubrule, fundadora da rede varejista especializada em móveis e artigos de decoração.
No início deste ano, a varejista contratou a Alvarez & Marsal para ajudá-la a renegociar suas dívidas, além do escritório de advocacia Felsberg, especializado em reestruturação, também está envolvido no caso. Ao todo, a empresa deve aproximadamente de R$ 600 milhões aos bancos credores.
Ainda de acordo com a publicação, uma fonte ligada a um dos credores informou que é provável que os bancos concedam o prazo de extensão e realizem algum aporte para ajudar a sanar a empresa.
Varejista acelera fechamento de lojas deficitárias
A Tok&Stok tem ajustado sua operação nos últimos meses, fechando lojas deficitárias, por exemplo. A controladora da varejista, SX Capital, anunciou o fechamento de duas lojas em Fortaleza, no Ceará, e outra em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. As informações são do “Bloomberg Linea”.
E isso acontece, enquanto a Tok&Stok busca a renegociação com credores de uma dívida estimada pelo mercado de R$ 600 milhões. Os resultados relativos ao ano fechado de 2022 ainda não foram divulgados.
De acordo com fontes, desde o fechamento da concorrente Etna no ano passado, com modelo semelhante com foco em lojas físicas, o setor vive seu momento mais desafiador desde o início da pandemia em 2020, com queda nas vendas.
A empresa, inclusive, segue um parecido com o da Etna, que começou a desativar sua operação pelo Nordeste em agosto de 2021, antes de decretar o fim das atividades em março de 2022. A Consultoria especializada Alvarez & Marsal foi contratada em fevereiro para uma reestruturação financeira e um pedido de recuperação judicial não está descartado.
Neste último caso, o objetivo fundamental da reestruturação é melhorar as margens e voltar a gerar caixa, ao mesmo tempo em que busca renegociar a dívida, concentrada em quatro bancos e com vencimento no curto e no médio prazos. A Tok&Stok vem conseguindo manter as receitas, mas existe uma dificuldade na geração de caixa.