Bradesco (BBDC4) tem lucro de R$ 4,3 bi e queda de 37% no 1T23

Apesar da queda, o desempenho do banco foi melhor que o esperado pelo mercado, que previa lucro abaixo dos R$ 4 bi

O banco Bradesco (BBDC4) divulgou, na noite desta quinta-feira (4) o seu desempenho no primeiro trimestre de 2023. A instituição bancária registrou lucro líquido de R$ 4,3 bilhões, o que representou uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Apesar da queda, o desempenho do banco foi melhor que o esperado pelo mercado, que previa lucro abaixo dos R$ 4 bi. Comparando com o quarto trimestre de 2022, o lucro recorrente do Bradesco cresceu 168,3%. A margem financeira total do banco recuou 2,4%, na comparação anual, para R$ 16,653 bilhões.

“Em 12 meses, a geração de receitas com a margem de clientes, prestação de serviços e operações de seguros absorveu as maiores despesas com PDD em decorrência da inadimplência no segmento massificado (PF e PJ) e o aumento já esperado das despesas operacionais”, destacou o Bradesco em release de resultados.

O banco informou que a margem com clientes apresentou evolução de 7,3% frente ao primeiro trimestre de 2022, impulsionada pelo crescimento da carteira de crédito acompanhado de um mix de produtos mais rentáveis e o aumento na margem de passivos, impactando a taxa média em 0,2 p.p., que passou de 9,7% para 9,9%. A carteira de crédito total subiu 3,8%, a R$ 642,2 bilhões, ainda conforme o Bradesco.

Nesta quinta, as ações do banco fecharam com alta de 2,33% com cotação de R$ 14,07.

 

Bradesco registra queda de 75,9% no lucro do 4T22

Em fevereiro, o Bradesco seu balanço do quarto trimestre de 2022. O banco registrou lucro recorrente de R$ 1,595 bilhão entre outubro e dezembro, queda de 75,9% na comparação anual. O resultado veio abaixo do consenso Refinitiv, que esperava um lucro de R$ 4,404 bilhões.

O lucro líquido contábil foi de R$ 1,437 bilhão no último trimestre de 2022, recuo de 54,7% em relação ao mesmo período de 2021. Já a margem financeira total atingiu R$ 16,677 bilhões entre outubro e dezembro, queda de 1,7% na comparação ano a ano.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês), que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi a 13,1%.

A carteira de crédito expandida, por sua vez, somou R$ 891,9 bilhões no quarto trimestre de 2022, avanço de 9,8% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) expandida do Bradesco somou R$ 14,881 bilhões no quarto trimestre, ante R$ 4,823 bilhões registrados no mesmo trimestre de 2021.

“Houve aumento rápido e relevante da inflação, com aumento das taxas de juros maior que o inicialmente antecipado, impactos no ciclo de crédito e um ambiente global de grande instabilidade política e econômica”, escreveu o Bradesco em mensagem que acompanhou o resultado.

Sem citar diretamente o nome de Americanas (AMER3), o Bradesco diz que fez 100% de provisionamento relacionado a um caso de  “um cliente Large Corporate específico”, ocorrido no início de 2023, no valor de R$ 4,9 bilhões.