A Netflix (NFLX34) decidiu adiar a cobrança para usuários da plataforma que compartilham senhas com pessoas que não moram no mesmo endereço. Previsto para abril, a medida deverá ser realizada dentro do próximo trimestre. As informações são do Uol.
A mudança foi oficializada durante a divulgação dos resultados financeiros da empresa nesta semana. Essa regra já está em vigor em países como Nova Zelândia, Espanha, Portugal e Canadá, único país em que houve um aumento no número de assinaturas após a implementação.
A Netflix se disse “satisfeita com o resultado” obtido pela medida de restringir o compartilhamento de senhas. Entretanto, acrescentou que registrou uma “reação de cancelamento” [pessoas deixando de assinar] em mercados onde a restrição foi lançada, o que impacta diretamente no número de assinantes no curto prazo.
Nos quatro mercados onde a medida já está valendo, a Netflix lançou uma opção na plataforma de “comprar um membro extra”. O recurso permite que os titulares principais paguem uma taxa mensal adicional por uma subconta para até duas pessoas.
O programa pago para quem desejar compartilhar senhas estreará no segundo trimestre na grande maioria dos países onde a Netflix oferece serviço, incluindo o Brasil.
Netflix tem queda de 18% no lucro do 1T23
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A Netflix divulgou na terça-feira (18) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido de US$ 1,31 bilhão entre janeiro e março, queda de 18,12% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro diluído por ação ficou em US$ 2,88 ante US$ 3,53 no primeiro trimestre de 2022.
Já a receita da companhia de streaming cresceu de US$ 7,87 bilhões para US$ 8,16 bilhões no mesmo intervalo de tempo.
No primeiro trimestre de 2023, a Netflix registrou a adição de 1,75 milhão de usuários, enquanto os analistas de mercado projetavam um número maior, de 2,06 milhões de assinantes. Um ano atrás, a companhia registrava sua primeira perda de assinantes da história, com 200 mil usuários a menos.
No final de 2022, a empresa norte-americano revelou que começaria a adotar medidas para impedir o compartilhamento de senhas e estimular a criação de contas próprias para assistir os conteúdos da plataforma.
A Netflix estima que 43% de sua base global de usuários passam suas senhas para não assinantes, impedindo a companhia de investir em novos conteúdos.
Apesar da expectativa dos investidores, a companhia também informou nesta terça-feira que medidas mais amplas de repressão ao compartilhamento de senhas serão realizadas apenas no segundo trimestre de 2023.
“Embora isso signifique que parte do crescimento esperado de membros e receita cairão no terceiro trimestre – e não no segundo – acreditamos que resultará em um resultado melhor para nossos assinantes e nossos negócios”, afirmou a Netflix.
