A Toyota anunciou nesta quarta-feira (19) que investirá R$ 1,7 bilhão na fábrica de Sorocaba (SP) para a produção de um carro compacto com tecnologia híbrida flex, capaz de funcionar movido a bateria, gasolina ou etanol. O anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes em cerimônia que contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A expectativa da montadora é que o investimento gere cerca de 700 empregos diretos nas fábricas da montadora em Porto Feliz (SP) e Sorocaba (SP). O carro deve ser exportado para 22 países.Com informações do Metrópoles, parceiro do BP Money.
A produção do novo veículo compacto híbrido flex tem o custo estimado em R$ 1,63 bilhão. Haverá ainda ainda o aporte de R$ 61,8 milhões para a atualização de outro modelo híbrido flex. Trata-se do maior volume de investimento programado no âmbito do programa ProVeículo Verde, lançado em março do ano passado pelo governo paulista.
A Toyota foi a primeira montadora com atuação no Brasil a lançar e produzir um carro com motorização híbrida flex: o sedã Corolla, em 2019. Hoje, a montadora japonesa conta com uma versão utilitária com essa motorização, o Corolla Cross.
Ao aderir ao programa, a Toyota poderá utilizar créditos acumulados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com o calendário pré-estabelecido, como contrapartida aos investimentos que fará.
“É um dia histórico para a Toyota e para o estado de São Paulo. Esse investimento vai gerar emprego, renda e contribuir para a descarbonização do Brasil”, afirmou o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang.
“A tecnologia híbrida flex é a grande vocação da indústria automobilística no momento. Em breve, vamos dar o próximo passo, com o hidrogênio. São Paulo vai ser líder nisso”, disse Tarcísio de Freitas.
O anúncio do investimento da Toyota ocorre cerca de um ano depois de a montadora japonesa fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), na qual eram produzidas peças fornecidas para outras unidades no Brasil e na Argentina.
Lula avalia crédito para popularizar carros elétricos no Brasil
A fabricante chinesa BYD negocia a ampliação de sua operação no Brasil e estuda a instalação de uma fábrica de carros elétricos na Bahia. Na semana passada, o governador do estado Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com executivos da montadora para tentar ajustar os detalhes para a implantação da nova fábrica da gigante asiática em solo brasileiro.
De acordo com o petista baiano, os planos da BYD para a Bahia e para o Brasil são grandes. Segundo o governador, os chineses querem implantar no estado a maior indústria de montagem deles fora da Ásia, para abastecer o Brasil e a América Latina.
Ainda segundo o governador, a montadora fez algumas exigências para que o projeto possa sair do papel. Um deles depende do governo federal e seria a criação de linhas de financiamento para estimular taxistas, motoristas de aplicativos e a população mais pobre na aquisição de veículos elétricos.
“A intenção é criar uma política nacional de estímulo aos carros elétricos para a gente poder cumprir os nossos acordos internacionais de meio-ambiente e gerar emprego”, disse Jerônimo em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19).
Além disso, outra proposta feita pelos chineses é que a União e o Executivo baiano firmem o compromisso de adquirir carros elétricos para frota de viaturas, ambulâncias e ônibus escolares e de transporte público. “Eles ficaram de entregar ao governo Lula essa demanda e Lula recebendo vai dizer o que pode e não pode”, acrescentou Jerônimo.
A isenção do IPVA, mais um pedido feito pelos chineses já está em análise pelo governo baiano. “Se não der para isentar totalmente, vamos baixar para estimular a compra de carros elétricos”, afirmou o governador.