O Tribunal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) negou nesta semana um pedido de destaque que poderia prolongar a análise sobre a fusão entre o Fleury (FLRY3) e o Hermes Pardini. Com isso, a operação pode ser considerada aprovada pela autarquia, pois não cabem mais questionamentos de conselheiros ou terceiros.
Por maioria de votos, a decisão seguiu o parecer da Superintendência Geral do Cade, que havia se manifestado pela aprovação do negócio.
A operação entre as duas companhias de saúde havia sido anunciada em junho de 2022, após duas tentativas negadas em 2014 e 2019, e foi avaliada em R$ 2,43 bilhões.
A transação irá transformar o Fleury em uma empresa com 39 marcas e R$ 6,1 bilhões em receita líquida. A companhia combinada passará a ter 487 unidades e 6,6 mil clientes.
Fleury (FLRY3): lucro teve queda de 56% no 4T22
Em março, o grupo de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) divulgou o balanço do quarto trimestre de 2022 com R$ 31 milhões de lucro líquido, uma redução de 56,3% na comparação com 2021.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 232,7 milhões no trimestre, queda de 8,9% na base de comparação anual.
O Fleury atribui a queda à menor busca por exames no final do ano pelos clientes por causa da Copa do Mundo e do período de festas, após anos de isolamento social.
A receita líquida do grupo subiu 9,5% no último trimestre de 2022 na base anual, para R$ 1,114 bilhão.
A unidade de novas avenidas de negócios da empresa, que inclui áreas como ortopedia, infusão de medicamentos, oftalmologia e medicina reprodutiva, mostrou avanço de 76% na receita bruta do trimestre ano a ano, para R$ 143,7 milhões.
As despesas operacionais e equivalência patrimonial do Fleury aumentaram 17,9% no quarto trimestre, para R$ 141,6 milhões, com impacto de fechamento de aquisição das depreciações e amortizações.