PRIO (PRIO3): ação pode bater R$ 54, segundo BofA; entenda

Revisão do preço-alvo para cima ocorre depois de companhia divulgar dados positivos de certificação de reservas

O Bank of America (BofA) passou a ver mais potencial de valorização nas ações da Prio (PRIO3). A instituição revisou para cima o preço-alvo do ativo, de R$ 47 para R$ 54, por duas razões, segundo o MoneyTimes: curva de produção maior; e expectativa de menor capex (investimentos).

A atualização ocorre após a companhia divulgar dados positivos de certificação de reservas. A petroleira possui um total de 547,3 milhões de barris em reservas, aumento de 132,7 milhões de barris em relação a um ano atrás.

O relatório divulgado pela Prio fez com que a equipe de análise do BofA revisasse as estimativas e passasse a considerar uma curva de produção maior por conta do aumento das reservas e do início do poço N5P2, cuja produção inicial estabilizada de aproximadamente 11 mil barris de óleo por dia superou as previsões.

A nova curva de produção projetada para a companhia reflete o aumento do número de poços. Para o cluster formado por Polvo e Tubarão Martelo, o banco americano está assumindo três novos poços, um no terceiro trimestre deste ano e dois em 2025. O início dessas operações deve elevar a produção total da vida útil do campo a 42 milhões de barris, disse o BofA.

Sobre o Campo de Frade, o BofA passou a assumir uma produção total de 140 milhões de barris versus 92 milhões anteriormente.

Para Albacora Leste, o total de produção estimado subiu para 304 milhões de barris devido a perfuração de 14 poços produtores e cinco poços injetores, além da reativação de quatro poços produtores e três poços injetores, somado com a conexão de três poços produtores que já foram perfurados pela Petrobras (PETR4).

Enquanto isso, o capex total de longo prazo esperado declinou a US$ 2,3 bilhões, 16% abaixo das expectativas anteriores, de US$ 2,8 bilhões. Segundo o BofA, o capex de desenvolvimento por barril deve se beneficiar de um capex menor e de volumes esperados maiores. A queda esperada é de 33%, a US$ 5,10/barril, de US$ 7,60/barril.

A recomendação de “compra” foi reiterada pelo banco. A Prio continua sendo uma das ações top picks dentro da cobertura de óleo e gás da América Latina.

O BofA acabou ajustando as previsões dos preços do petróleo para 2023 e 2024, a US$ 77/barril e US$ 90/barril, respectivamente, de US$ 100/barril e US$ 82,50/barril.

Prio (PRIO3) é top pick para Credit Suisse

O Credit Suisse também reitera que Prio (PRIO3) é sua top pick do setor, aumentando também o preço-alvo das ações de R$ 42 para R$ 50. O novo preço-alvo equivale a um potencial de valorização de 49,2%, em relação ao fechamento desta quarta-feira (5), ainda segundo o Broadcast.

“No geral, preferimos estar expostos aos preços do petróleo através da Prio, em oposição à Petrobras, devido aos seus riscos inerentes como empresa estatal (SOE)”, explicaram os analistas.

O banco também disse que a empresa conta com uma produtividade acima do esperado dos poços de Frade, uma curva de capex abaixo do previsto e que é parcialmente compensada pelo maior desconto do petróleo para o Brent.

“Em nossa visão, a Prio oferece uma boa combinação de crescimento e geração de caixa livre após os pagamentos de Albacora Leste”, avaliaram os profissionais.

O Credit Suisse prevê um crescimento acentuado no curto e médio prazo, uma vez que a produção deve quase dobrar para 125 mil barris por dia (bpd) em 2024, em relação aos níveis atuais (produção no primeiro trimestre de 2023 em 61 mil bpd).