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Exxon Mobil (EXXO34) mira negócio bilionário com Pioneer

A aquisição da Pioneer, que tem uma capitalização de mercado de cerca de US$ 49 bilhões, seria o maior negócio da Exxon desde a fusão

A Exxon Mobil (EXXO34) vem mantendo conversas preliminares com a produtora norte-americana Pioneer Natural Resources sobre uma possível aquisição. As informações são do “Wall Street Journal”. 

A aquisição da Pioneer, que tem uma capitalização de mercado de cerca de US$ 49 bilhões, seria o maior negócio da Exxon desde sua fusão com a Mobil em 1999.

Além disso, a petrolífera norte-americana também teria abordado a produtora de petróleo Denbury, que possui uma extensa infraestrutura de coleta de dióxido de carbono, informou a agência Bloomberg no fim do ano passado.

A Pioneer, que opera na Bacia Permiana, no oeste do Texas, é a segunda maior produtora de petróleo naquela região com base nos números do mês passado, segundo a Enverus.

Combinadas, a Exxon e a Pioneer produziram cerca de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia no Permiano no ano passado. 

Uma união criaria o maior produtor naquela bacia, superando, em muito, a Occidental Petroleum, maior produtora atualmente.

Vontade de ganhar ou medo de perder?

O suposto interesse da Exxon na Pioneer também pode ser um caso de medo de perder. Notavelmente, a Occidental passou a ocupar o primeiro lugar na Bacia Permiana depois de superar a Chevron para adquirir a Anadarko Petroleum em 2019.

Embora essa compra tenha sido arriscada e cara – o negócio sobrecarregou a Occidental com uma dívida enorme antes dos preços do petróleo despencarem em 2020 -, a aquisição começou a se pagar generosamente nos últimos dois anos.

No ano passado, o retorno sobre o capital investido da Occidental foi de 26,2%, superando o da Exxon. Os retornos da Pioneer foram ainda maiores do que os da Occidental.

Exxon Mobil (EXXO34) desiste de buscar petróleo no Brasil

A Exxon Mobil (EXXO34) deixará de perfurar no Brasil. Por três vezes, sem sucesso, a companhia tentou encontrar volumes de petróleo que fossem comercialmente viáveis nas águas profundas do Brasil. De acordo com o portal “Dow Jones Newswires”, a companhia norte-americana desembolsou uma cifra de US$ 4 bilhões na busca, que se iniciou em 2017.

Com sua saída, a Exxon transferiu geólogos e engenheiros que estavam trabalhando em escritórios no Rio de Janeiro para outros países, incluindo Angola, Canadá e Guiana. A petroleira, no entanto, não descarta eventuais projetos futuros no Brasil.

Apesar de não procurar mais petróleo no Brasil, a Exxon possui uma participação minoritária em um projeto offshore no País chamado Bacalhau, que está avançando e está sendo liderado pela Equinor.

Tanto a Exxon quanto a Equinor autorizaram a primeira fase do projeto em meados de 2021 e esperam que ele comece a operar em 2025, produzindo cerca de 220 mil barris ao dia.