A Americanas (AMER3) vive a expectativa de, enfim, selar um acordo com os bancos credores. De acordo com Lauro Jardim, do “O Globo”, a possibilidade é de que as partes se acertem nesta ou na próxima semana.
Pelo que está sendo negociado, o trio de acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, aportaria imediatamente R$ 10 bilhões e a garantia de mais R$ 2 bilhões nos próximos anos a partir de determinadas condições.
Americanas (AMER3): Justiça suspende decisão que beneficiava credores
A Americanas (AMER3) obteve uma vitória na Justiça na última quarta-feira (5). O desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, suspendeu a decisão que beneficiava credores da varejista ao alongar o prazo para execuções de dívidas da empresa.
Anteriormente, a decisão havia sido obtida em ação movida pelo banco Safra e estabeleceu o dia 19 de janeiro de 2023 como data limite para as execuções, anulando a liminar concedida à Americanas que garantia proteção contra credores a partir do dia 13 de janeiro.
Na decisão, Carvalho proibiu o levantamento de valores que tenham sido liberados pela decisão anterior. O magistrado justificou a liminar alegando risco de dano irreversível.
A proteção contra credores havia sido conquistada pela empresa de varejo logo após o anúncio da descoberta de inconsistências contábeis na ordem de R$ 20 bilhões em seu balanço. Segundo o desembargador, essa medida visava a sobrevivência da Americanas e o êxito da recuperação da companhia.
“Anunciava-se um estado pré-falimentar que recomendava a antecipação de alguns dos efeitos da recuperação judicial, sobretudo diante do enorme vulto de acionistas, clientes, fornecedores e empregos envolvidos no negócio”, afirmou Carvalho. “Esse cenário ainda aparenta perdurar”, concluiu o desembargador sobre a decisão que beneficiou a Americanas.