Haddad diz que arcabouço fiscal irá exigir queda dos juros

“Se as contas estiverem em ordem, não tem porque existir juros tão altos”, disse Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (6) que o novo arcabouço fiscal irá exigir uma queda na taxa básica de juros. A declaração do petista foi feita em entrevista à “BandNews”.

“Se as contas estiverem em ordem, não tem porque existir juros tão altos”, disse Haddad sobre o arcabouço fiscal. “Penso que está havendo convergência entre a política fiscal e a monetária”, acrescentou.

Além disso, o ministro da Fazenda acredita que, caso o Congresso e o Judiciário sustentem o novo marco fiscal, o Brasil irá crescer de forma sustentável em 2024. “Se o Congresso e o Judiciário derem sustentação para esse plano, não tenho dúvida que o Brasil entrará em 2024 com rota de crescimento sustentável e justiça social”, afirmou.

Haddad acrescentou que, com o patamar atual da taxa de juros em 13,75%, os investimentos tendem a cair muito. No entanto, para o ministro, se a taxa começar a cair, a tendência é haver uma retomada dos investimentos.

“Naturalmente o mercado de capitais terá recursos para fazer negócios, ampliar. Ele terá demanda, vai produzir mais”, completou Haddad.

Haddad: Governo deixa de arrecadar R$ 400 bilhões a R$ 500 bilhões

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, contou que o governo federal deixa de arrecadar anualmente cerca de R$ 400 bilhões a R$ 500 bilhões e que pretende “alinhar” situação com cerca de 400 a 500 empresas com ‘superlucro’ quecom “expedientes ilegítimos fizeram constar no sistema tributário o que é indefensável, como subsidiar o custeio de uma empresa que está tendo lucro”. As declarações do ministro foram disparadas em entrevista à “BandNews.”.

Segundo Haddad, suas falas são direcionadas a quem não paga impostos. “Hoje quem não paga são as maiores empresas brasileiras”, emendou. Sendo assim, não há nenhum planejamento para criar ou tributos ou aumentar alíquotas existentes.

Por fim, Haddad afirmou que o Estado não pretende mexer em parte desse montante, que passará a ser arrecadado e que corresponde, por exemplo, à Santa Casa ou à Zona Franca de Manaus.