Elon Musk, CEO da Tesla e do Twitter, Steve Wozniak, co-fundador da Apple, Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, e outros nomes importantes do ramo da tecnologia assinaram uma carta aberta pedindo a interrupção dos desenvolvimentos de IA (Inteligência Artificial), como o Chat GPT, por seis meses.
“Conforme declarado nos Princípios de IA de Asilomar, a IA avançada pode representar uma mudança profunda na história da vida na Terra e deve ser planejada e gerenciada com cuidados e recursos proporcionais. Infelizmente, esse nível de planejamento e gerenciamento não está acontecendo, embora nos últimos meses tenham visto laboratórios de IA travan travando uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar mentes digitais cada vez mais poderosas que ninguém – nem mesmo seus criadores – podem compreender, prever ou controlar de forma confiável”, dizem os estudiosos na carta.
“Portanto, pedimos a todos os laboratórios de IA que parem imediatamente por pelo menos seis meses o treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4. Essa pausa deve ser pública e verificável e incluir todos os principais atores. Se tal pausa não puder ser decretada rapidamente, os governos devem intervir e instituir uma moratória”, diz mais um trecho do comunicado.
O pedido causou estranheza justamente pela assinatura de Musk. O bilionário costuma ser contrário a qualquer tipo de controle e regulamentação dos negócios, além de ser grande entusiasta de novidades tecnológicas, como moedas virtuais.
Existe a suspeita de que por trás desse apoio à paralisação esteja um interesse em desacelerar o líder da corrida, a fim de que suas empresas – Tesla, SpaceX, Twitter, entre outras – consigam chegar perto do lugar mais alto do pódio.
Com informações do “Valor Econômico”.
Microsoft anuncia investimento multibilionário
Em janeiro, a Microsoft (MSFT34) anunciou planos para um investimento multibilionário de vários anos na OpenAI, startup responsável pela plataforma de inteligência artificial ChatGPT (Generative Pre-training Transformer).
A ferramenta é capaz de fornecer respostas rápidas a quase todo tipo de questão, programar, escrever artigos e até teses de mestrado. De acordo com a agência Dow Jones, a Microsoft visa a expandir o uso de IA em seus produtos, e por isso busca a OpenAI.
O valor do investimento não foi divulgado, mas a plataforma Semafor informou há algumas semanas que a gigante de software estaria em negociações para aportar até US$ 10 bilhões na startup.
Essa não é a primeira vez que a OpenAI e a Microsoft se “relacionam”. A plataforma de IA começou sem fins lucrativos, mas abriu espaço em 2019 para um aporte que levantou US$ 1 bilhão da Microsoft.
A OpenAI começou sem fins lucrativos, mas criou um braço com fins lucrativos em 2019, por meio do qual levantou US$ 1 bilhão da Microsoft. O recurso foi usado para financiar o poder de computação intensivo necessário para treinar seus algoritmos de inteligência artificial. Sob o acordo, a startup também concordou em usar o Azure, da Microsoft, como seu parceiro de nuvem exclusivo e disse que daria prioridade à companhia de Bill Gates ao trazer novos produtos ao mercado.
Agora, o negócio de Sam Altman alega que continuará sendo uma empresa de lucro limitado como parte do acordo com a Microsoft.