A ex-presidente do Brasil, Dilma Roussef, foi eleita para chefiar o NDB (Novo Banco do Desenvolvimento) do Brics, na manhã desta sexta-feira (24). A petista foi a única candidata para o cargo e foi indicada pelo atual chefe do executivo, Luiz Inácio Lula da Silva. O mandato está previsto para durar até julho de 2025.
Os ministros da Fazenda dos países que formam o Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se reuniram por meio de uma videoconferência para eleger Roussef.
Dilma volta a um cargo público quase sete anos depois de ter sofrido impeachment por crimes de responsabilidade. A ex-presidente assumirá o cargo na próxima quarta-feira (29), e irá se mudar para Xangai, na China, onde fica a sede do banco.
Economia verde e Rússia serão desafios para Dilma no Brics
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegar a Xangai, na etapa final da viagem à China, será recebido por uma velha conhecida. A essa altura, a ex-presidenta Dilma Rousseff estará no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), nome oficial do Banco do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos.
Previsto para ocorrer entre 29 e 31 de março, o encontro com Lula em Xangai, onde fica a sede do NDB, deverá ser marcado pela posse oficial de Dilma no banco que ela própria ajudou a fundar, em 2014. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, Dilma Roussef tem a oportunidade de ampliar a inserção internacional no banco, mas terá dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.