De acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a prévia da inflação para o país desacelerou para 0,69%, mas permanece acima do esperado.
Em fevereiro, o indicador apontava 0,76%. O acumulado em 12 meses também desacelerou de 5,63% para 5,36%. O esperado, segundo o consenso Refinitiv, era um recuo para 0,65%. No acumulado anual, o consenso tinha expectativa de uma baixa para 5,30%.
Transporte tem maior impacto no IPCA-15
A maior variação e o maior impacto para a inflação vieram de Transporte, com 1,50% e 0,30 p.p (ponto percentual) respectivamente.
Os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,18% e 0,15 p.p.) e Habitação (0,81% e 0,12 p.p.) apareceram em seguida. Alimentação e bebidas (0,20% e 0,04 p.p.), desacelerou na comparação com o mês anterior, quando registrou variação de 0,39%. Os demais ficaram entre o 0,08% de Educação e o 0,75% de Comunicação.
Combustíveis
O aumento de 5,76% nos preços da gasolina, aliena com maior impacto individual no IPCA-15 de março (0,26 p.p.), foi determinante para a alta apresentada pelo grupo Transportes.
A subida de preços do etanol (1,96%), que em fevereiro havia tido queda de 1,65%, também contribuiu. Óleo diesel (-4,86%) e gás veicular (-2,62%) registraram queda, diferentemente dos demais combustíveis (4,67%).
Outro ponto destacado foi a alta de 9,02% nos transportes por aplicativo, após recuo de 6,05% no mês passado.
Habitação
Já no grupo Habitação o principal fator para a alta de 0,81% foi a energia elétrica residencial (2,85%).
As variações das áreas ficaram entre -1,13% no Rio de Janeiro, onde houve redução de PIS/Cofins, até 11,66% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram incluídas na base de cálculo do ICMS, fata que aconteceu também em Porto Alegre (10,76%) e Curitiba (10,42%).