Embraer (EMBR3): ex-presidente é absolvido em processo na CVM

O processo havia sido instaurado sob a responsabilidade da SMI da CVM

O ex-presidente da Embraer (EMBR3), Paulo Cesar de Souza e Silva, foi absolvido da acusação de informação privilegiada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), por quatro votos a um. 

O processo havia sido instaurado sob a responsabilidade da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM. A denúncia se deu por conta de uma venda feita por Souza e Silva no início do ano de 2019, em que a Embraer poderia ter usufruído de informações ainda não comunicadas ao mercado. 

O presidente da comissão considerou que as informações apresentadas por Souza eram suficientes para mitigar a tese. O único voto contrário à absorção foi de Flávia Perlingeiro, que pedia multa de R$ 257,4 mil, cifra correspondente à eventual perda evitada pelo executivo na venda das ações, com correção monetária.

Também votaram pela absolvição João Accioly, Alexandre Rangel e Otto Lobo.

Embraer (EMBR3) tem queda de 30,9% no 4T22

A Embraer (EMBR3) divulgou os seus resultados do quarto trimestre de 2022 nesta sexta-feira (10). A companhia  reportou lucro líquido ajustado de R$ 226,2, uma queda de cerca de 30% do que o registrado na mesma etapa de 2021, quando teve lucro de R$ 327,2 milhões.

Considerando o período acumulado de 2022, a Embraer teve um lucro ajustado de R$ 171 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 162 milhões registrado no ano anterior.

Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa saltou mais de 70% na comparação anual, passando de R$ 625 milhões no 4T21 para R$ 1,07 bilhão no 4T22.

A receita líquida foi de R$ 10,5 bilhões, o que representa um crescimento de 44% também na comparação anual. Considerando o ano passado, a companhia teve uma receita de R$ 23,4 bilhões, em linha com seu guidance.

Sem ajustes, o lucro líquido atribuído aos acionistas foi R$ 119,2 milhões no 4T22, uma elevação de 973,9% frente ao 4T21.

Em 2022, o prejuízo líquido atribuível aos acionistas da Embraer foi de R$ (953,6) milhões e o prejuízo por ação foi de R$ (1,30).

 As ações da Embraer fecharam esta sexta-feira (10) com alta de 5,67% cotadas a R$ 19,00.