O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta terça-feira (21) que o novo arcabouço fiscal será divulgado apenas após a viagem dele à China, que começará neste fim de semana. De acordo com o petista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fará parte da comitiva.
“Por que não pode ser antes? Nós embarcamos sábado, Haddad não pode comunicar isso aí. Seria estranho, eu anuncio e vou embora. Haddad tem que anunciar e ficar aqui para responder, debater, dar entrevista, falar com sistema financeiro, com a Câmara dos Deputados, Senado, outros ministros”, afirmou Lula, durante entrevista à “TV 247”.
O petista ainda disse que o projeto fiscal já está maduro, mas é preciso cuidado para não faltar recursos para investimentos, saúde e educação.
“Não temos que indicar nosso modelo de marco fiscal agora. Vamos viajar para a China e, quando a gente voltar, a gente apresenta”, relatou o presidente.
“É preciso discutir um pouco mais. A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, acrescentou Lula.
Lula volta a criticar BC e Campos Neto às vesperas do Copom
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também voltou a tecer críticas contra o BC (Banco Central) e ao presidente do banco, Roberto Campos Neto. O chefe do executivo afirmou nesta terça-feira (21) que vai continuar pressionando o BC para reduzir a taxa de Selic (taxa básica de juros).
“Eu vou continuar batendo, eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros”, disse Lula à “TV 247”.
As críticas do presidente foram feitas na data que antecede a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para decidir justamente a taxa Selic. O encontro acontece uma vez a cada 45 dias.
Além das críticas ao banco, Lula também repreendeu Roberto Campos, presidente do BC. O dirigente federal disse que a autonomia do banco não é importante.