O mercado de ações da China sofre os impactos da crise bancária nos EUA e na Europa. Os principais índices de ações nas bolsas locais perderam US$ 422 bilhões, segundo o jornal South China Morning Post, de Hong Kong.
Só o índice MSCI China, que acompanha 712 ações listadas no país e no exterior, caiu 1,1% neste mês até a última quarta-feira (15). O indicador perdeu todo o seu rali de 18% acumulado em 2023, eliminando US$ 353 bilhões em valor de mercado desde seu pico em 27 de janeiro.
Enquanto isso, o Nasdaq Golden Dragon China Index, com 63 empresas e um valor combinado de US$ 295 bilhões, enfraqueceu 4,6% em março, trazendo o índice de volta ao seu nível em 30 de dezembro. Cerca de US$ 69 bilhões desapareceram e foi revertido todo o ganho de 24%, segundo informações analisadas pelo Infomoney.
Crise bancária afeta a China
De acordo o jornal, os agentes do mercado estão receosos com as consequências das falências de bancos nos EUA neste mês, especialmente do Silicon Valley Bank (SVB), e tiveram sua confiança abalada pela crise no Credit Suisse.
Internamente, os gestores de recursos também enfrentam guerras de preços entre empresas de tecnologia e montadoras, prejudicando os ganhos e a trajetória de recuperação.
“Não há abrigo agora, quando os mercados globais estão abalados pela turbulência financeira […] Quando terminará a queda nas ações da China? É uma pergunta de um milhão de dólares, e isso depende muito de quando o forte crescimento voltará aos trilhos”, disse o gerente de fundos da Huichen Asset Management em Xangai, Dai Ming.
Curiosamente, a China Securities Depository and Clearing Corporation Limited informou que o número de investidores no mercado de ações na China aumentou mais 1,67 milhão em fevereiro, para um total de 214,65 milhões, segundo a agência de notícias Xinhua.