A norte-americana BlackRock — maior gestora de ativos financeiros do mundo — elaborou uma oferta que superaria o valor oferecido pelo UBS para a compra do Credit Suisse, segundo informações do Financial Times.
Se efetivada e aceita, a proposta arruinaria os planos do Banco Central da Suíça (SNB) e da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço (FINMA) de unir as duas maiores financeiras do país e promover a maior combinação bancária da Europa desde a crise de 2008.
Além do BlackRock e UBS o J. Safra Sarasin, controlado pela família do grupo brasileiro, também poderia ficar com o banco, de acordo com os rumores de mercado.
As conversas, inclusive, teriam começado no fim do ano passado. Procurado pelo site Seu Dinheiro, o Safra não comentou o assunto.
BlackRock, UBS, Credit Suisse e o BC da Suíça também optaram por não responder ao pedido de comentário do Financial Times. Mas, em comunicado oficial, a BlackRock negou a participação “em quaisquer planos para adquirir a totalidade ou parte do Credit Suisse”.
Ações voltam a despencar
Mesmo após o financiamento de emergência junto ao banco central suíço dar um alívio apenas temporário ao Credit Suisse, cujas ações voltaram a despencar no pregão da sexta-feira (17).
De acordo com o Financial Times, os conselhos dos dois maiores bancos da Suíça devem se reunir separadamente neste fim de semana para discutir um acordo. As ações do Credit Suisse saltaram 9% nas negociações pós-mercado depois da reportagem do jornal.
O Credit Suisse, instituição de 167 anos, é o banco global mais impactado pela turbulência no mercado desencadeada pelos colapsos do Silicon Valley Bank e do Signature Bank durante a última semana, forçando-o a captar 54 bilhões de dólares com o banco central da Suíça.
Os executivos do Credit Suisse devem realizar reuniões no fim de semana para traçar um caminho a seguir para o banco, disseram pessoas familiarizadas com o assunto anteriormente.