CEO do Magalu (MGLU3) abafa denúncia de suposta irregularidade

“Uma denúncia anônima não deveria tirar o brilho do resultado da companhia”, disse o CEO do Magalu

Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza (MGLU3), afirmou na última sexta-feira (10) que a denúncia anônima de suposta irregularidade nas operações com distribuidores e fornecedores da varejista “não deveria tirar o brilho” dos números da companhia no quarto trimestre de 2022.

“Uma denúncia anônima, ainda não investigada, não deveria tirar o brilho do resultado da companhia no último trimestre do ano passado”, disse Trajano, durante a apresentação dos resultados do quarto trimestre do Magazine Luiza.

De acordo com o executivo, a varejista está mostrando uma evolução “muito significativa” ao longo do ano. “A empresa se disponibilizou a fazer uma série de ações para aumentar a rentabilidade em um contexto econômico difícil, de juros altos e de um pouco de ressaca do e-commerce brasileiro no pós-pandemia”, acrescentou.

Além da divulgação do balanço do quarto trimestre de 2022, o Magalu publicou um fato relevante na madrugada de quinta-feira (9) para sexta-feira sobre uma denúncia anônima de irregularidades nessas operações. O caso já está sendo investigado pela companhia.

Magalu (MGLU3) reporta prejuízo de R$ 35,9 mi no 4T22, o 5º seguido

O Magazine Luiza (MGLU3) reportou prejuízo de R$ 35,9 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 93 milhões no mesmo período de 2021, segundo documento enviado ao mercado na noite de quinta-feira (9).

A cifra veio melhor que o esperado pela Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 76 milhões. Este foi o quinto resultado negativo seguido do Magalu, com a série tendo início desde o quarto trimestre de 2021.

Já na base que exclui efeitos não recorrentes, como créditos tributários e honorários de especialistas, o prejuízo foi de R$ 146 milhões, o quarto trimestral em sequência.

As vendas totais feitas pelo Magazine Luiza somaram R$ 18 bilhões no período, com crescimento de 15,5% na comparação anual. No e-commerce, as vendas totalizaram R$ 12,9 bilhões, alta de 15,9%, impulsionada pela Copa do Mundo e Black Friday.

O crescimento das vendas contribuiu para o ebitda ajustado de R$ 673,7 milhões no quarto trimestre do ano passado. O indicador disparou 176,7% comparado ao mesmo trimestre em 2021. A margem ebitda ajustada foi de 6%, avançando 3,4 pontos percentuais.

A receita líquida do Magalu foi de R$ 17,959 bilhões no último trimestre de 2022, alta de 15,5% ante o resultado obtido um ano antes.