A Americanas (AMER3) formalizou uma proposta de capitalização de R$ 10 bilhões para os bancos credores na última segunda-feira (06). Apesar disso, algumas instituições monetárias acreditam que o montante não será suficiente para solucionar a crise da varejista. A informação é do jornal “Valor Econômico”.
Segundo o “Valor”, ainda não há um consenso entre os bancos sobre qual deve ser o valor mínimo da injeção de capital na Americanas, que passa por um processo de recuperação judicial. Segundo a reportagem, é esperado que uma nova rodada de reuniões ocorra até a próxima semana.
Para os bancos, a capitalização é o ponto de partida para as negociações sobre a crise na Americanas. De acordo com o “Valor”, já é praticamente certo que, ao final do processo, as instituições financeiras serão acionistas relevantes da varejista.
Nesta terça-feira (07), por volta das 15:50 (de Brasília), as ações da Americanas avançavam 3,85%, cotadas a R$ 1,08.
Americanas (AMER3): diretoria pode ter omitido ações que causaram rombo
A diretoria da Americanas (AMER3) pode ter omitido operações que causaram o rombo bilionário da varejista. Segundo documentos obtidos pelo jornal “O Globo”, que constam da investigação interna em curso na empresa de varejo, o comitê de auditoria questionou os diretores da Americanas em quatro ocasiões sobre as operações que geraram o rombo contábil, porém em todas as respostas foi negada a existência de tais operações.
O comitê de auditoria, que é formado por três conselheiros, era uma das instâncias pelas quais o balanço da Americanas precisava passar antes de ser aprovado pelo conselho de administração.
De acordo com “O Globo”, os documentos mostram que, em agosto de 2020, maio de 2021, agosto de 2021 e novembro de 2022, os executivos da área disseram ao comitê de auditoria que a Americanas não tinha nenhuma operação de “risco sacado”.
Americanas recebe aval judicial para pagar pequenos credores
A Americanas (AMER3) recebeu na semana passada permissão da Justiça do Rio de Janeiro para começar a saldar dívidas com pequenos credores. A informação é da agência “Bloomberg”.
A Americanas planeja pagar cerca de R$ 192,4 milhões em créditos para os credores das classes I e IV (funcionários e pequenos fornecedores) no curto prazo com parte dos recursos obtidos com o financiamento DIP de R$ 1 bilhão, que foi feito pelos acionistas de referência da varejista.