Os títulos prefixados negociados no Tesouro Direto apresentam queda nesta sexta-feira (29). Por outro lado, os IPCA+ registram resultados positivos. Na quinta-feira (28), os títulos registraram desvalorização.
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,76%, com investimento mínimo de R$ 37,40. Na quinta-feira, a rentabilidade foi de 12,91%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 12,89%, abaixo dos 13,05% apresentados anteriormente. O Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, registra uma rentabilidade anual de 12,99%, ante 13,18%.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentam desempenho positivo nesta sexta-feira. Os títulos registram retorno de 6,21%, acima dos 6,20% registrados na quinta-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 tem resultado neutro, gerando rentabilidade de 6,24%, a mesma apresentada anteriormente.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA caiu 0,9% no segundo trimestre de 2022, de acordo com a primeira estimativa do BEA (Bureau of Economic Analysis), divulgada nesta quinta-feira (28). No primeiro trimestre, o PIB americano já havia decepcionado ao cair 1,6%, também em termos anualizados.
O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) confirmou a expectativa do mercado na quarta-feira (27) ao elevar a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual. Com isso, a taxa de juros dos EUA saiu do intervalo entre 1,5% e 1,75% para o intervalo entre 2,25% e 2,5% ao ano.
No Brasil, a taxa de desemprego caiu para 9,3% no segundo trimestre de 2022, o menor patamar para o período desde 2015, quando estava em 8,4%. O resultado veio melhor que o esperado pelo mercado.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. A Rússia apoia a política de “Uma China” de Pequim em relação a Taiwan, segundo o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta sexta-feira.