Mundo

EUA: pedidos semanais de auxílio-desemprego caem

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 192 mil. Economistas consultados pela "Reuters" previam 200 mil solicitações

O número de novos pedidos de auxílio-desemprego caiu de forma inesperada na semana passada, continuando a sinalizar condições persistentemente apertadas do mercado de trabalho nos EUA, enquanto o crescimento da economia no último trimestre de 2022 foi revisado para baixo na segunda leitura do governo.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 3 mil, para 192 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 18 de fevereiro, segundo informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (23). Economistas consultados pela “Reuters” previam 200 mil solicitações. 

O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano aumentou a uma taxa anualizada revisada de 2,7% no último trimestre, de acordo com o governo em sua segunda estimativa da atividade do quarto trimestre. 

O valor foi revisado para baixo em relação à alta de 2,9% relatada no mês passado.

Ata do Fed: possibilidade de recessão nos EUA permanece elevada

A ata do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) foi divulgada nesta quarta-feira (22). De acordo com os membros da instituição monetária, a possibilidade de que a economia dos EUA entre em recessão neste ano permanece elevada. 

“Os dirigentes concordaram que os riscos para a perspectiva de atividade econômica estão apontados para baixo”, com “a probabilidade da economia entrar em recessão em 2023 ainda elevada”, disse a ata. 

De acordo com o documento, os dados de inflação dos EUA nos últimos três meses mostraram uma redução no ritmo mensal de aumentos de preços, porém não há evidências de uma trajetória descendente sustentada. Por conta disso, o Fed optou por elevar os juros em 1° de fevereiro.

“Quase todos os participantes concordaram que era apropriado elevar a faixa alvo da taxa dos Fed Funds em 25 pontos”, com muitos deles dizendo que isso permitiria ao Fed “determinar melhor a extensão” de aumentos futuros, segundo a ata.

Na última reunião do Fed ainda foi comentado que o PIB (Produto Interno Bruto) real norte-americano deve desacelerar mais em 2023 e passar por um período de crescimento abaixo da tendência histórica, algo necessário para “para trazer a demanda agregada a um melhor equilíbrio com a oferta e, assim, reduzir as pressões inflacionárias”.

Ainda de acordo com a ata do Fed, a inflação dos preços ao consumidor – medida pela variação percentual de 12 meses no índice de preços para despesas de consumo pessoal (PCE) – continuou a cair em novembro e dezembro, mas ainda estava elevada.