Colaboradores demitidos da XP (XPBR31) acusam a companhia de não honrar compromissos trabalhistas, como o pagamento de participação dos lucros (PLR) e resultados. As informações são do jornal “Valor Investe” e foram publicadas no último domingo (19).
No LinkedIn, funcionários afirmam que não receberam os valores prometidos ou esperados no PLR ou bônus. Os ex-colaboradores também destacam que não conseguem contato com a empresa para entender o motivo de a quantia não ter sido paga. A empresa, entretanto, nega irregularidades, afirmando que “cumpre rigorosamente a legislação trabalhista”.
O pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR) costuma ser feito em duas etapas. O primeiro adiantamento é feito até setembro, a outra parte é feita no início do ano seguinte. Para quem é considerado bancário, o pagamento é previsto em convenção do Sindicato dos Bancários.
No caso da XP, a primeira parte foi paga em agosto e a segunda seria feita neste mês, mas essa segunda não veio para alguns funcionários ou chegou abaixo das expectativas.
No LinkedIn, ex-funcionários reclamam da falta de compromisso da XP
Em postagem no LinkedIn, uma ex-colaboradora disse: “Essa é a empresa que tem propósito de melhorar a vida das pessoas. Parece piada! Nem honrar os pagamentos eles fazem, que durar melhorar a vida de alguém”.
A ex-funcionária ressaltou que alguns colegas de trabalho chegaram a receber o bônus completo, mas os que foram demitidos antes ainda brigam para ter acesso ao dinheiro que teria sido prometido.
A XP seria “desobrigada” a pagar PLR se os resultados fossem negativos, ou seja, sem lucro. Este, entretanto, não foi o caso, já que a companhia fechou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 783 milhões, um resultado 24% inferior ao reportado entre junho e setembro, mas ainda assim no azul.
Segundo informes da própria XP, apesar da queda no lucro operacional, o bônus total pago aos colaboradores em 2022 teria sido 2% maior do que o de 2021, alcançando a marca de R$ 1,8 bilhão.