O Carrefour Brasil (CRFB3) anunciou nesta segunda-feira (13) seu balanço do quarto trimestre. A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 550 milhões entre outubro e dezembro, queda de 28,2% em relação ao mesmo período de 2021.
A receita líquida foi de R$ 28,158 bilhões no quarto trimestre deste ano, alta de 36,3% na comparação com mesmo trimestre de 2021.
O Ebitda (Lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 1,972 bilhão entre outubro e dezembro de 2022, um crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada do Carrefour atingiu 7% entre outubro e dezembro, baixa de 1,5 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada no quarto trimestre de 2021.
O volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) total ultrapassou R$ 2,0 bilhões no trimestre, mais de 2 vezes em relação ao mesmo período de 2021.
O custo líquido da dívida (incluindo recebíveis descontados) foi de R$ 481 milhões no quarto trimestre de 2022, R$ 313 milhões acima do ano anterior.
O lucro bruto, por sua vez, atingiu a cifra de R$ 6,133 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 43,4% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 21,7% no 4T22, alta de 1,1 p.p. frente a margem do 4T21.
As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 4,152 bilhões no último trimestre de 2022,avanço de 64,9% em relação ao mesmo período de 2021.
Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida do Carrefour Brasil era de R$ 12,740 bilhões, um crescimento de 184% na comparação com a mesma etapa de 2021.
Carrefour (CRFB3): Citi atualiza preço-alvo e recomendação; veja
O Citi cortou a recomendação para as ações do Carrefour Brasil (CRFB3), de compra para neutro, e atualizou, para baixo, o preço-alvo dos papéis, de R$ 22,50 para R$ 18,50.
Os analistas do banco, liderados por João Pedro Soares, apontaram que os resultados da companhia devem ser impactados pela redução na inflação de alimentos, reduzindo receitas, além de ter deterioração na margem por conta de um ambiente competitivo desafiador.
Ainda, os analistas escreveram que a companhia incorre em maiores riscos de execução por conta do processo de conversão das lojas do Grupo Big até o início de 2024. A alavancagem elevada, em 2,2 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), também é um fator de risco.
Além disso, o Citi atualizou suas estimativas para o Carrefour. Agora, o banco espera um crescimento de 25% nas vendas brutas em 2023, e 11% em 2024, a partir da maturidade das lojas. Por outro lado, as estimativas de margem foram reduzidas para 18,3% em 2023 e 18,5% em 2024.