Ibovespa abre em queda com ata do Copom no radar, dólar sobe

O BC destacou especial preocupação com deterioração das expectativas de inflação de prazos mais longos

O Ibovespa abriu com queda de 0,41%, aos 108.271 pontos, às 10h13 (horário de Brasília), desta terça-feira (7), com investidores repercutindo a ata do Copom (Comitê de Política Monetária). No comunicado, o BC destacou especial preocupação com deterioração das expectativas de inflação de prazos mais longos e citou incerteza no âmbito fiscal.

Em contrapartida, o documento ponderou que alguns membros do Copom notaram que a execução do pacote de medidas apresentado pelo Ministério da Fazenda deveria atenuar o risco fiscal e que será importante acompanhar sua implementação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira (6), que o Banco Central “poderia ter sido mais generoso” com o governo no comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária). De acordo com o chefe da pasta, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva herdou uma “situação fiscal delicada” do governo Jair Bolsonaro.

Já o dólar opera em alta de 0,21%, negociado a R$ 5,15, por volta das 10h14.

Os índices futuros dos EUA operam com alta, em sua maioria, nesta manhã, enquanto investidores aguardam o discurso mais duro de Powell. Eles também monitoram os dados do comércio internacional e do crédito ao consumidor.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,13%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,08%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,32% 

Bolsas asiáticas

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam mistos, com investidores digerindo a elevação da taxa de juros do Reserve Bank of Australia de 25 pontos básicos, em linha com as expectativas.

Shanghai SE (China), +0,29%
Nikkei (Japão), -0,03%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,36%
Kospi (Coreia do Sul), +0,55%

Bolsas europeias

Os mercados europeus operam mistos nesta terça, enquanto os agentes do mercado seguem avaliando as perspectivas econômicas globais. 

FTSE 100 (Reino Unido), +0,48%
DAX (Alemanha), -0,21%
CAC 40 (França), -0,12%
FTSE MIB (Itália), +0,75%
Euro Stoxx 50, +0,02%

Notícias corporativas

 

Após conseguir proteção na Justiça, a Oi (OIBR3) divulgou na segunda-feira (6) a lista de credores. Com uma dívida de R$ 29,7 bilhões, a companhia tem valores pendentes com 14 instituições financeiras, segundo documento apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

De acordo com o documento, o maior credor da Oi é o Bank of New York Mellon com um montante de US$ 1,73 bilhão (R$ 9 bilhões). Nesse caso, a instituição administra títulos de dívida da Oi adquiridos por investidores. Em seguida aparece o agente fiduciário GDC Partners com montante de R$ 8,26 bilhões.

Entre os credores brasileiros, o banco com maior exposição é o Itaú BBA, para o qual a empresa de telefonia deve R$ 2 bilhões. 

O C6 Bank demitiu cerca de 500 funcionários, o que corresponde a 12% do quadro de colaboradores. As informações são do “Brazil Journal” e foram publicadas nesta terça-feira (7). Em nota, o C6 Bank afirmou que possui 400 vagas abertas e fará 800 contratações em 2023.