O Citi cortou a recomendação para as ações do Carrefour Brasil (CRFB3), de compra para neutro, e atualizou, para baixo, o preço-alvo dos papéis, de R$ 22,50 para R$ 18,50.
Os analistas do banco, liderados por João Pedro Soares, apontaram que os resultados da companhia devem ser impactados pela redução na inflação de alimentos, reduzindo receitas, além de ter deterioração na margem por conta de um ambiente competitivo desafiador.
Ainda, os analistas escreveram que a companhia incorre em maiores riscos de execução por conta do processo de conversão das lojas do Grupo Big até o início de 2024. A alavancagem elevada, em 2,2 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), também é um fator de risco.
Além disso, o Citi atualizou suas estimativas para o Carrefour. Agora, o banco espera um crescimento de 25% nas vendas brutas em 2023, e 11% em 2024, a partir da maturidade das lojas. Por outro lado, as estimativas de margem foram reduzidas para 18,3% em 2023 e 18,5% em 2024.
No quarto trimestre, o Carrefour Brasil deve apresentar resultados positivos, com adição de 59 lojas convertidas ao seu portfólio, acima do esperado, chegando a R$ 32,7 bilhões em vendas brutas, Ebitda de R$ 2 bilhões e lucro líquido de R$ 454 milhões.
Carrefour desiste do aplicativo Nutri Escolha
O Carrefour e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) encerraram uma acirrada disputa judicial de um ano e meio após a varejista decidir tirar do ar o aplicativo Nutri Escolha, conforme informou a coluna “Capital”, do jornal “O Globo”.
O aplicativo ranqueava produtos de acordo com uma escala própria de valor nutricional dos produtos e também pelo menor preço. No entanto, o Nutri Escolha foi acusado pela indústria de alimentos de concorrência desleal, induzindo o consumidor a privilegiar produtos da marca própria do Carrefour.
Por volta das 13h20 (de Brasília) desta sexta-feira (03), as ações do Carrefour (CRFB3) operavam em queda de 2,94%, a R$ 15,84.