A Oi (OIBR3) pediu, na quarta-feira (1º), uma liminar que a proteja de credores com os quais soma dívidas de cerca de R$ 29 bilhões, incluindo bancos e detentores de títulos. O pedido foi protocolado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido pode vir acompanhado de um novo processo de recuperação judicial da companhia, de acordo com documentos vistos pela “Reuters”.
A medida vem após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado, que durou quase seis anos e meio. De acordo com a empresa, ela tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.
A companhia afirma não poder pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as dívidas financeiras.
A medida processual é a mesma utilizada pela Americanas (AMER3), que, em 13 de janeiro, obteve proteção de 30 dias contra a cobrança de dívidas por parte dos seus credores.
“Apesar do inquestionável sucesso da primeira recuperação judicial, que, por meio da mudança de seu plano estratégico de atuação, com novo foco de operações voltado a serviços de fibra ótica e incluindo a transferência para outros investidores de parte de seus negócios, permitiu a redução substancial de seu endividamento total, a estrutura de capital da companhia continua insustentável”, diz a empresa em comunicado.
Oi (OIBR3): CVM questiona empresa após disparada de ações
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a Oi (OIBR3) após disparada no volume de negociação das ações, de acordo com documento enviado ao mercado na quarta-feira (25). Nas últimas cinco sessões, o papel OIBR3 disparou 90%.
Apenas nesta sessão, a alta foi de 34,62%, a R$ 2,10. Já o papel preferencial da Oi subiu 19,95%, a R$ 4,93 nesta sessão. Já o volume negociado diário pulou de R$ 32 milhões para R$ 46 milhões.
De acordo com a empresa, não há atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado.