Ainda sofrendo com a desconfiança do mercado financeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (31), que é “uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica”.
Ele ainda disse que quer seriedade fiscal, mas também seriedade política e seriedade social. Mesmo assim, Lula reafirmou que o País tem muitas dívidas para pagar, mas que “a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro”.
“Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. Eu quero seriedade fiscal, mas eu quero seriedade política, quero seriedade social. Porque é verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro”, declarou o presidente da República no Palácio do Planalto.
Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo embora tenha reconhecido que neste ano “será difícil”.
Lula não discutiu desoneração dos combustíveis com Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (31) que não discute a prorrogação da desoneração dos combustíveis desde o começo do ano, após a posse de Lula.
“A medida provisória vai até 28 de fevereiro. Desde 1º de janeiro, não discuto mais esse assunto”, disse Haddad na saída de evento promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em São Paulo.
Haddad era um dos defensores do fim da redução das alíquotas da contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre operações realizadas com gasolina, álcool, gás natural veicular e querosene de aviação.
A medida, que foi tomada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), provocou uma redução na arrecadação do governo federal.
No entanto, logo no primeiro dia de mandato, a medida provisória editada por Lula, ampliando a incidência de alíquota zero para os tributos federais sobre os combustíveis