Sabesp (SBSP3): BTG (BPAC11) recomenda compra

O BTG estipulou um preço-alvo de R$ 63 para os papéis da Sabesp

As ações da Sabesp (SBSP3) receberam recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11). A casa ainda estipulou um preço-alvo de R$ 63. De acordo com os analistas do banco, a privatização da companhia pode proporcionar uma valorização nos papéis.

“Não apenas o governo estadual está perseguindo publicamente a agenda de privatizações, mas as ações não parecem estar precificando qualquer fatia desse cenário”, escreveram os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken, Maria Resende e Luis Mollo.

“No entanto, não achamos que a recomendação venha exclusivamente da privatização. A empresa anunciou recentemente um novo CEO – André Salcedo – com vasta experiência no BNDES (2003 – 2019) e na concessionária de saneamento Iguá (2019 – 2021)”, complementou o BTG sobre a Sabesp. 

Sabesp (SBSP3) elege André Salcedo como diretor-presidente

Recentemente, o Conselho de Administração da Sabesp (SBSP3) elegeu André Salcedo para ocupar o cargo de Diretor-Presidente da companhia. O executivo entra no lugar de Benedito Pinto Ferreira Braga Junior.

Em fato relevante divulgado em 12 de janeiro, a Sabesp informou que o novo presidente tem mestrado em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, MBA em PPP e Concessões pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e possui certificações CGA, da ANBIMA, e CP³P-F, pela APMG International.

Além disso, o André Salcedo foi Diretor Financeiro da Akad Seguros em 2022, Diretor Executivo de Novos Negócios da Iguá Saneamento entre 2019 e 2021, atuou como consultor independente da Climate Bonds Initiative entre 2020 e 2021, e atuou no BNDES de 2003 até 2019.

“O Sr. Mendes possui larga experiência na área de mercado de capitais, com destaque para o financiamento de infraestrutura, parcerias público-privadas, fusões e aquisições e estruturação de novos negócios”, disse a Sabesp.

Privatização da Sabesp pode seguir “modelo Eletrobras”

O governo de São Paulo deve estudar uma privatização da Sabesp aos moldes da Eletrobras (ELET3;ELET6), levando em conta as especificidades do setor de saneamento, segundo a ‘supersecretária’ de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, ela afirmou que o passo inicial será dado nos 100 primeiros dias da gestão, com a contratação dos estudos.

“Vamos detalhar cada um dos cenários. É lógico que a gente já tem um ‘feeling’, um cheiro, então quando falamos do modelo de privatização da Eletrobras é porque de fato enxergamos ali [um formato interessante]. Mas certamente vamos estudar as propostas que surgirem”, afirmou.

A secretária afirmou que a ideia é estudar uma junção do modelo de privatização da Eletrobras, que foi realizada por meio da venda de ações da estatal na Bolsa, com as peculiaridades do setor de saneamento básico. No processo de venda de controle da empresa elétrica, houve a diluição da participação acionária do governo federal, por meio de um aumento de capital.

No caso do setor da Sabesp, a principal diferença é que o serviço é de competência de cada município, o que significa que será preciso, no processo de privatização, renegociar contratos com as prefeituras, caso a Sabesp queira fazer mudanças.