O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser obrigado a devolver os gastos que foram contabilizados no cartão corporativo da Presidência da República durante seu mandato. De acordo com informações do “O Globo”, publicadas nesta sexta-feira (27), a Advocacia-Geral da União (AGU) avalia pedir o ressarcimento a Bolsonaro.
A matéria destaca que, a depender das justificativas do gasto com dinheiro público e do período em que o cartão foi utilizado, a AGU pode concluir pela necessidade de pedir reparação ao erário (devolução do montante gasto).
A AGU está coletando informações relacionadas ao cartão e as datas da campanha e pré-campanha presidencial. Caso seja constatado gastos com fins eleitorais, deve haver restituição dos valores.
O partido de Bolsonaro (PL) também pode ser acionado para devolver dinheiro público.O resultado parcial da análise sobre os gastos deve ser divulgado na semana que vem.
Bolsonaro também é acusado de suposta prática de abuso de poder
Há cerca de uma semana, a “Agência Brasil” divulgou que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves decidiu aceitar a abertura de uma ação de investigação eleitoral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta prática de abuso de poder nas eleições do ano passado.
A ação foi solicitada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em conjunto com a coligação que apoiou a candidatura do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
A coligação acusa Bolsonaro de realizar eventos nas dependências dos palácios da Alvorada e do Planalto no segundo turno da campanha eleitoral. O partido cita reuniões com governadores e cantores sertanejos para anúncio de apoios à candidatura.