O Banco Votorantim perdeu novamente na Justiça contra a Lojas Americanas (AMER3), após ter o pedido de suspensão da restituição de recursos à Americanas rejeitado pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). As informações são do jornal “Valor Econômico” e foram publicadas neste sábado (21).
A restituição obriga as instituições financeiras a restituírem recursos da Americanas retidos para quitação antecipada de dívidas. Além do Votorantim, Bradesco, Safra e Itaú devem devolver os valores à varejistas.
Na última sexta-feira (20), o Banco Votorantim tinha entrado com um pedido na justiça para a suspensão da restituição. O que a instituição conseguiu, no entanto, foi um aumento do prazo para a restituição, que era de 6 horas, para 24 horas.
Na segunda tentativa da instituição financeira, na noite da última sexta-feira (20), o juiz de plantão Carlos Alberto Machado indeferiu os pedidos formulados pelo Votorantim e esclareceu, citando uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que o “plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame.”
Ações da Americanas (AMER3) atingiram mínima histórica
Na última sexta-feira (20), as ações da Americanas bateram sua mínima histórica, fechando o pregão a R$ 0,71, com queda de 29%, e entrando para o hall de penny stock (ações negociadas abaixo de R$ 1) da Bolsa de Valores brasileira.
Foi o último pregão da varejista como parte do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A Americanas foi excluída de todos os 14 índices da B3 na quinta-feira (19), mesma data em que a companhia oficializou pedido de Recuperação Judicial. A varejista possui R$ 43 bilhões em dívidas.