Exclusivo: fintech Trigg realiza demissão em massa

A fintech Trigg Brasil realizou, na última quinta-feira (19), uma demissão em massa de quase 50% da sua força de trabalho, segundo fontes ouvidas pelo BP Money. Os cortes atingiram  todas as áreas, do marketing ao financeiro. Ainda, os funcionários não afetados pelo layoff devem ser remanejados para o banco Omni, por trás das operações da Trigg. 

De acordo com a fonte, que deu depoimento em condição de anonimato, as demissões já eram esperadas pelos funcionários. “A empresa já estava ruim desde 2019, mas eles não demonstravam. Em meados de 2022, a companhia passou a ser clara com os funcionários e falaram que estávamos dando prejuízo, que a inadimplência estava alta”, apontou um ex-funcionário da empresa. 

A partir de então, segundo a fonte, alguns funcionários começaram a pedir demissão. “Em dezembro, o CEO comunicou que haveria uma redução de custo e uma demissão em massa”, disse. E os funcionários que não foram demitidos devem ser remanejados para trabalhar no prédio da Omni. O banco foi procurado pelo BP Money, mas não respondeu até o momento de publicação da reportagem. 

Marketing, tecnologia, prevenção, crédito, formalização, cobrança, BI e infraestrutura, todas as áreas da Trigg, foram afetadas. Ainda assim, cada setor foi afetado de uma forma, com demissões presenciais e online. 

“Trabalhei normalmente até por volta das 10h sem saber o que ia acontecer. Fui chamada para um papo, quando avisaram que infelizmente teriam que me desligar, por corte de curto mesmo”, disse outra fonte. 

“Até então já tínhamos sido avisados, de modo geral, através de uma reunião, que isso [a demissão] iria acontecer, mas não prevíamos que seria tão rápido. O meu caso foi por volta dentre uma semana e meia ou duas após a reunião geral”, afirmou ao BP Money.